Era menos de três metros; ou um pouco mais de três metros. Tanta gente passando, o som tão alto. Eles falando e eu nem escutando. Só a música. Não dava pra morrer. O máximo se quebrar e não andar mais. Não dava pra morrer. Mais valia a pena ficar só olhando tanta gente. Aquela gente que nem conheço. Que quero não conhecer. Melhor era ficar só olhando. Desculpa, no tráfego há muito barulho. A banda? Nem entendia. Morreria ouvindo algo que nem ao menos entendia. O céu, o calor. A música, a prova. Tchau. Três metros... só três metros da janela para o chão, em plena avenida. E tinha tanta gente.
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Às vezes dá uma vontade. Lá do fundo que não se sabe aonde ao certo vem. (que clichê) Que se chora, chora com riso. Riso de verdade. Choro que lava e purifica. E as mãos tremendo indicam a necessidade de isso acontecer. Algo no extremo da verdade.
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Me diz, me diz que eu faço qualquer coisa por ti. Pára de sofrer e de deixar o tempo passar. Tenta se ajudar, pelo amor a si próprio. Põem um ponto final nessa tortura que te enfraquece. Já basta. Eu não consigo mais te ver desse jeito. É muito doloroso para todos. Para mim, e para ti, principalmente.
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E eu que achava que era um monstro. Qualquer escapulida do ‘correto’ e eu sou meu próprio carrasco. EU! Vai ver as atitudes dos outros. Vai ver quem é realmente o monstro, Bruna.
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