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segunda-feira, abril 25, 2011

Devaneios parte XXX

Acontecimentos que eu ADORO em baladas:
As Barbies Malibus. Todas iguais. Com vários colares, vários anéis, brincos enormes, vestidos grudados ao corpo contornando as voltas muito acentuadas, saltos altíssimos, cabelos oxigenados escovados, maquiagem carregada, muita oncinha espalhada pelos detalhes do conjunto. Não estamos na pista, estamos com o dj.
Os homens gordos dinheirudos que seguram numa mão a garrafa de destilado e na outra o copo e de frente pro dj cantam e dançam como que prestando homenagem a um deus.
Homens bombados que empurram você a qualquer custo com o copo levantado derrubando todo o liquido na cabeça das pessoas.
Guria bêbada que empurra todo mundo quando atravessa a pista e quando sai do meio da muvuca tropeça e cai.
Esses que põem óculos escuros e se acabam. Desses eu gosto de verdade, verdade.
Contabilidade do final de semana: uma palmilha do sapato perdida; sapato antes nude, agora preto; pó compacto esfarelado e esponja perdida; joelho inchado e esfolado; batida na bunda; roxos pelas pernas; dores na panturrilha, coxas e braços; pés podres literalmente; um contato de celular novo; três seguidores no twitter; quatro bocas diferentes; menos 200 reais na conta.
Algumas pessoas simplesmente nos fazem felizes.
Adoro the pretender no rpm.
Confirmações, certezas, o que já?
Acho tão eufemístico o ‘avaliação de aprendizagem’ no início da prova e tão irônico no final o ‘boa sorte!’.
Homens fazem piadinhas entre eles achando que nós, mulheres, não vamos sacar, só fingimos que não entendemos pra não piorar.
Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom...”
Ashton Kutcher me pule!
Pequenos triunfos que vão edificando rancores.
Te sigo só se for pro inferno. Vaza do meu twitter bicho ruim!
Porre mesmo é essa gente bêbada na tua timeline.
‘Dois corpos ocuparem o mesmo lugar’. Vem.
“Isso não é marca de ketchup. Ciúme exagerado não tem nada a ver com amor. Tem a ver com posse. E, se o parceiro fosse sua propriedade, no mínimo você teria que pagar IPTU.” Do bombom que vem com dicas de amor...
Reticências servem só pra irritar. 
O U2 é o Legião Urbana em escala mundial.’ Então é por isso que eu detesto as duas bandas.
Só eu que leio filho de uma puta invés de filhote de puma?
Hoje, na parada do ônibus, ouvi isso de um mendigo depois de um não para esmola que ele pedia: ah, tá loco, sai da minha frente. Juro que tô com medo até agora.
15 minutos depois estava sentada no banco e vem um indigente vender chaveiro enferrujado e eu comprei por 3 pila. Esqueci o chaveiro no banco.
Todo mundo pra delegacia!!! Quero falar isso algum dia.
Eu gosto de ir de pé no ônibus por dois motivos (mas é óbvio que eu me atiro na frente de todo mundo pra poder sentar): um, porque o vento bate na cara. Dois, porque dá pra ver as luzes da Brava. É lindo.
Fui no camelô com um eletrônico estragado. O cara trocou numa boa. É como se ele soubesse que daria problema e que eu voltaria.
Eu imagino as pessoas transando, sei lá. Acho que sou sórdida.
O problema não é você. O problema está contigo.
Acho que você é muito inteligente. Se não for, pelo menos é ao pensar antes de falar o fora.
Somos diferentes, temos que nos respeitar. E ignorar.
As pessoas me têm como inimiga. Mas elas não são minhas inimigas.
Aonde é o inferno? Estou de muito bom grado ajudando algumas pessoas a encontrarem a rota.
Minha irmã bate a porra do teclado o dia e noite inteira. Tiro três fotos e o mecanismo da câmera irrita ela. Paciência de onde vens? Para onde vais?
Mudo, mudo de endereço, mas da minha janela sempre vejo alguém sendo socado, algemado ou morto. Ai, esse meu Balneário.
Eu queria poder chorar de tanto rir e não rir por estar chorando.
Eu não tenho que me preocupar. Tenho que ver o mundo se acabar e não fazer nada. Me preocupo com quem não dá valor e não dou valor pra quem se preocupa. Assim mesmo.
Enxergo meu problema e não vejo a solução. Se isso é um passo, é pra trás.
Em 2008 fui feliz com plena consciência.
Preciso de um tapa na cara. Tipo ACORDA!
Fabi falou: ela anula o tempo dela e tu anula o teu se preocupando com ela.
Sabia que ia estourar. Não suporto que grudem em mim assim como me incomoda ao extremo me apegar demais a alguém.
Camila fala na sexta-feira a noite: não fui nenhuma vez na academia essa semana. Acho que vou amanhã.
Fico com um misto de alegria e tristeza quando penso em você. Suas pupilas dilatadas me deixavam louca...
Não é que eu não goste dele, eu não to gostando de ninguém hoje.
Pode-se até conhecer todo o tipo de pessoa mas a pessoa em si, não.
Assim ó, fotografar é um hobby, cozinhar é um hobby, ler é um hobby e escrever também. Eu não quero ganhar dinheiro fazendo isso. A minha vida é um hobby e eu me divirto um pouco com ela. Aí encho o saco, procuro uma sobrevida, aí volta.. Sei lá eu o que penso da vida. Penso tudo, penso nada. Se a vida é existir então que não exista.
Não, eu não abaixo a guarda. E é nessas horas que você percebe se é ruim com ou pior sem (mim).
“Sangue de Jesus tem poder!”
Olina é tudo de bom.
A vida é bela. A vida é feita de momentos, é sim, é sim. A vida é um espirro. Você precisa naquele instante e é perigoso segurar. Alguns espirram uma vez, outros três vezes...
Adorno me adorna.
Detesto calça jeans, tipo brim, com costura amarela.
Odeio o tempo por ele passar. Mas é ótimo ele passar.
Só mais alguns verbetes.
Não sou acomodada, só não insisto em situações que sei que resultarão em nada.
Sou muito atribulada. Esqueço de respirar.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Devaneios + alongados parte X

Sair de casa atrasada. Passar no banco e descobrir amargamente que se está falida. Ter que esperara betoneira sair da construção pra continuar o trajeto. Encontrar na rua um desafeto que diz ser sua amiga. Se livrar do desafeto. Encontrar duas dádivas do céu que são teus primos. Dar beijinho neles. Virar o pé. Passar por um grupo de pedreiros ouvindo créu no radinho. Virar a esquina e ver ônibus partindo. Correr desesperada.  Ao subir no ônibus virar o pé. Escutar crias zoarem com tua cara. Som ambiente do ônibus ‘derrama cerveja, derrama tristeza...’. Tudo isso em menos de meia hora. E olha que eu rezei antes de sair de casa.
As pessoas me dizem que estou bonita e eu torço a cara pra elas. Não acredito e não agradeço. Quando passei no vestibular não quis faixa pra por na frente de casa, não coloquei nem na mensagem pessoal do msn. Minha mãe se perguntou se ela não nos (eu e minha irmã) tinha criado muito modestas e humildes. Eu respondi, nem se preocupe.
É assim, você está bem. Tem total controle sobre sua vida. Conseguiu sua independência. Aí  chega um e muda todos seus planos, sua rotina. E quando você já está dependente da companhia desse ser, ele vai embora. Do mesmo jeito que chegou. Assim, do nada. E esse ser não é nenhum homem não. É minha mãe. Que vem me visitar.
Elas não sabem nem como se copia um música de um pen drive pro computador. Elas nem sabem como liga programa pra tocar música. Aí tu se pergunta: mas o que elas fazem tantas horas no computador? No orkut. Qualquer coisa que tu tiver dúvida sobre homens, elas sabem.
Eu acho, na minha humilde opinião, que, quando os vizinhos dos apartamentos de baixo, ou de cima, ou do lado reformam seus amados lares que eles paguem uma viagem à Guatemala para todos os outros vizinhos, que acordam com a furadeira nos ouvidos às seis horas da manhã e vão dormir com a barulho do martelo. É uma ideia.
Tô separando umas roupas pra vender pro brechó. Me sinto mal pq sei q tem um monte de gente que precisa de doação. Mas tb me sinto mal sem dinheiro.
Chego em casa baita cansada e o elevador parado no 4. Chama, chama. Depois e 5min eu subo pelas escadas, ligando as luzes. No 4º andar encontro o elevador abarrotado de porcaria e uma mulher, que ao me ver faz cara de: ‘que pecaaado, subiu pelas escadas!’ Eu com a voz mais cheia de amargura do mundo falo: ‘tá preso o elevador né’. Do apartamento do lado do meu sai mais uma mulher que eu nunca vi na vida (sendo que é vizinha de porta). Então, toda esbaforida, bem feliz, eu bato a porta na cara das duas. Como uma boa vizinha mal educada deve fazer.
Sentou uma menina no CAU do lado do meu pc. Ela já tinha trocado duas vezes de pc. Reclamou comigo como era lento esses pcs. E eu falei, é né acostuma. Web 2,0, redes sociais, geração y... eu tô pirando.
Ouçam Lavadeira do Rio, de Ariele Locatelli. http://www.myspace.com/arielelocatelli
Faz um ano que eu só fico com meninos loiros. Desde julho de 2009, eu só fiquei com dois meninos morenos. Isso é preocupante. Estava eu nos computadores da univali, olho pra cima e vejo um menino loiro. Que me olha, que trocamos olhares, que eu percebo que ele é loiro, que eu abaixo a cabeça e me ordeno: não não não!
Estava no estava no estágio, quando a colega lembrou de um bichinho de estimação muito fofo que parecia um porquinho meio cachorrinho. Ela chamou todo mundo pro computador e procurou no google: ‘carnitas’. Só apareceu carnes suculentas acompanhas de vários petiscos e saladas. Pobre carnitas. “Carnitas é o nome que recebem vários pratos da culinária do México, à base de carne de porco.”
Tudo bem que me barrem na boate, mas o youtube não deixar que eu veja the heidies porque tem conteúdo improprio para menores de 18 anos, aí é demais, vsf.
Fiz um myspace uma vez. Depois de duas horas deletei meu perfil. Fiz outro esses dias, por causa de um trabalho de Comunicação Digital, da Facul. Só tenho famoso adicionado como amigo. E o meu url são números. Porque minha insuficiência não permite criar um perfil com o meu nome.
Fui no big  comprei uma mini coca em garrafinha de alumínio da copa deste ano, muito amada, e também bolacha pit stop, vinha três pacotes e um copo laranja bem grandão! Muito emocionada.
Eu tenho dormido não como uma pluma que o vento sopra até pousar suavemente do chão. Durmo como se uma rolo compressor me achatasse. Eu não acordo como uma  folha que a brisa levanta do chão vagarosamente. Acordo me desgrudando de um asfalto quente e grudento.
Comi um negrinho de, sem mentira, 300 gramas. Estou a passar mal neste momento.
Atrás da porta dos sanitários do banheiro da Univali colocaram poemas do Chico Buarque.
“-Sim, mãe, mas do que adianta eles terem carro se quando eles convidam a gente tem que dizer que não??! –Daí eles te ensinam a marcha ré, pra frente, pra trás... – Mããe!!”
Bronzearemos nossas axilas correndo na praia com os braços erguidos.
Quando leio que a média de horas por dia no orkut é de 5h eu me assusto. Mas eu acho que passo bem mais tempo.
As pessoas dizem que não são gays. Mas daí elas atualizam o orkut com fotos em boates gays. Não necessariamente que você seja gay porque vai a boates gays, mas ai, vocês entenderam.
Eu não suporto gente mais chata que eu. Então, pra quem me conhece e me acha chata, desespere: TEM GENTE AINDA MAIS CHATA QUE EU!
Extremos da amizade: Breyla, mineira, odeia pinhão. Bruna, gaúcha, quase teve um treco quando tomou polpa de tamarindo – fruta do cerrado.

P.S.: caso exista alguém que gostasse dos Devaneios, fique feliz em saber que meu twitter não bomba. E mesmo assim, não dá pra twittar certas coisas. Misturei tudo neste post. Beijo me segue @brunismichelin

domingo, agosto 08, 2010

Devaneios alongados parte IX

“No período que vai de 30/06 a 02/07, procure se recolher um pouco mais, Bruna, pois a Lua, justamente na Casa 12, aumenta o potencial de introspecção do Sol, que transita pela Casa 4. A fase é excelente para retiros, meditações, mergulhos de alma. Que tal ficar sem ver ninguém por estes dias? Aproveite para fazer um trabalho de auto-análise, ler, ver filmes, a Lua na Casa 12 favorece muito as idas ao cinema, de preferência só, exercitando assim a sua capacidade de preservar sua individualidade. Este pode ser um período particularmente notável para você trabalhar mais a sua espiritualidade e a sua capacidade de doação. Que tal se voluntariar em prol de alguma causa nobre e altruística?” Estou fazendo isso (ou seja, na minha visão: nada) desde domingo. Apesar de eu estar cansada. Fazer nada cansa muito mais que fazer tudo. Eu não sirvo pra fazer nada. E eu gostaria de meditar. Quem sabe um reiki. Ou fazer yoga. Quem sabe eu largue a academia(eu nem comecei esse ano) e comece só faze yoga...
Anos atrás, em 2007 eu estava no primeiro ano do ensino médio. Minha mãe me chamava, eu acordava 15 minutos depois e começava a me arrumar. Ia ao banheiro, colocava a roupa, tentava ajeitar o cabelo e sentava à mesa pra tomar café 7:15. Minha mãe deixava o café esfriando na xícara pra mim. Eu comia rapidíssimo e voltava me arrumar. Minha mãe já estava na garagem tirando o carro e eu nem o delineador tinha passado. (talvez lápis, não passava delineador cm 14 anos pra ir á aula de manhã.) enquanto isso, eu ligava o meu celular na atlântica fm. Nessa época, de primavera, setembro, outubro, que é friooooooo e quente ao mesmo tempo tocava Vanessa da Mata e Bem Harper, Good Luck. Hoje, com esse ventinho da manhã, que é calor, mas frio também me lembrei disso. Tanta coisa aconteceu em 2007. Tanta coisa.
Quando vi aquele scrap, só abaixei a cabeça e perguntei a Deus: PORQUE???! Como assim, manteremos contato. Te liga. 1º Tu é asquereso. 2º tu mantém contato íntimo com a mulher que mais me deprimiu na vida. Ai Deus, dai-me falsidade até o fim. Quase comecei a me bater pra repelir esse BEIJOOOOOOS. Maldito orkut. Malditas pessoas.
Estava trocando as garrafas de cerveja no vasilhame do Master. No som ambiente tocava Umbrella, da Rihanna. E eu cantando baixinho enquanto o cara fazia a notinha. Ele olha pra mi e diz: ‘esse é o melhor clip dela, não é?’ Eu, atônita, não sabia se ria ou se chorava, explicado.respondi: ‘é sim!!! O melhor!!! Brigada.’ Peguei a notinha, virei de costas e me abri num riso no mínimo confuso. Mais tarde fui descobrir que o cara é cambalachero do Paraguai. Tá explicado.
Ninguém gosta de apresentações pra turma no primeiro dia de aula. Meu professor de direção de arte pediu que falássemos nome, idade, se trabalhava, de onde vinha... essas coisas. Ele estava incrivelmente simpático, muito melhor que semestre passado. Quando chegou minha vez eu falei tudo de uma vez sem respirar: ‘Meu nome é Bruna, tenho 17 anos, não trabalho e não sei o que vou fazer’ (sobre o rumo a tomar depois que se formar). Todo mundo ri. Eu também. Acho que fui grossa. E ele responde: 'Essa vai ser redatora. Sabe enxugar texto.’ Todo mundo ri de novo. Eu dou uma risadinha nervosa. ‘De onde tu vem?’ ‘Erechim...’ ‘Mais uma!’ Ai ele contou uma historinha que eu terminei com um AH JURA inaudível.
Fui ver um prédio verde na 2500. Eu não sabia nem o nome do edifício nem o nº dele. Eu só sabia que era verde e era na rua 2500. Enfim, tinha, sem mentira, uns cinco prédio verde na rua. Eu tirei foto de todos eu fui comparar com a foto da imobiliária na internet. Sem fala que eu liguei pra minha mãe no meio da rua se ela sabia o número. Ela me falou que tinha um prédio ao lado que estava em construção, pelo o que ela lembrava da foto da internet. Pois é, a construção já estava terminada... Mas achei!! Eu achei o prédio.
Tudo bem que eu tenha que me mudar em dezembro, mas eu já estou paranoica, do tipo: guardar tudo como se fosse a última vez que eu fosse usar. Jogar tudo fora que não presta (coleção de caixinha de remédio, panfletos, caixas, sacolas, potes, revistas, embalagens de brincos...) ficar pensando no que eu posso já levar pra Erechim, pra não ficar com muita coisa na próxima mudança, olhar os cantos que ninguém nunca mexe e querer limpar, ficar fuçando gavetas e descobrir quanta tralha eu consegui reunir apenas desde fevereiro.
Testando a paciência que a Bruna não tem. Mandei um email reclamando que uma encomenda minha ainda não tinha chegado. Em um mês. Eu tinha esquecido dela, depois de um mês eu lembrei. Me responderem na hora que o correio havia extraviado. Então eu respondi beeeem feliz: ‘AH, que boom! Tá, brigada.’ No ato, novamente, me responderam que iriam enviar, no máximo no próximo final de semana e blá blá blá... E então eu acalmei. Respondi o email que nem gente civilizada faz depois.
Depois de muito tempo, ok, duas semanas ainda não sei o que sinto. Sentimentalmente. Fisicamente sinto um enjoo, lembro de ti e me vem uma sensação muito estranha dentro do peito. Como se algo ali dentro ficasse arrodeando que nem o mouse quando o windows carrega alguma coisa. Não sei o que sinto, mas sei o que não sinto. Não é amor. Não é saudade. E se for angústia, aí sim que complica.

'O que mais convém a você é não saber de nada. 
Gabriel García Márquez

terça-feira, junho 15, 2010

Devaneios alongados parte VIII

No sonho era assim. Tava eu e meu pai. Talvez minha irmã e minha mãe. Nós tínhamos chegada à praia e estávamos com as chaves do carro e do apê na mão. E com as malas no chão. O prédio era azul clarinho, baixinho, e tinha uns três blocos. Na real é assim: tu sai de BC e vai à Itapema. Antes de chegar no centro tu passa por três blocos de prédios, azul clarinho, com pequenas sacadinhas e grama na frente. Quando eu vejo essas coisas eu tenho certeza que eu estou no caminho certo.
Quando eu tinha uns 11, 12 anos eu desenhei 3 croquis (ou sem essa nomenclatura) de vestidos de baile. Um amarelo, um azul e um vermelho. Pode ser que hoje eu fosse achar uma bosta, mas na época eu achava simplesmente lindo. E eu não sei por que eu os joguei fora. No mínimo, uma fase depressiva.
Ir à faculdade é muito louco. Eu não tenho vontade nenhuma. Mas eu pego e devoro os livros e eu penso: É ISSO AÍ! Tudo me interessa em aprender.
Então, me digam! Me digam porque de noite, justo de noite, quando eu consigo por a cabecinha no meu querido nasa e tento dormir em paz meus amados vizinhos do 502 começam a arrastar móveis? Porque eles começam a bater no chão? Nas paredes? Justo de noite esse barulho todo no apartamento de cima? Poxa.
Olhei pra fora, pela janela da cozinha, enquanto passava o café nesse feriado que passou. Pude ver a cozinha de um dos apês do prédio ao lado. Lá estava uma menina vestida com uma camisola azulzinha, sentada com as pernas cruzadas na cadeira da mesa redonda. Sobre a mesa havia uma toalha de jogo de poker, e sobre esta, estavam espalhadas folhas, lápis de cor, tesoura, cola... Quando eu era pequeninha eu também sentava a mesa redonda da cozinha ‘que nem índio’ pra fazer meu dever de casa. com minhas camisolas curtas. Agora, neste exato momento, eu tenho que xingar minha irmã porque a casa ta uma imundice e ela não limpa. Need to go away.........
Eu tinha das colegas de aula. Uma era venenosa que só vendo. A vida dela se resumia em gerar intrigas e inventar historias da vida alheia. E a outra era fofoqueira, daquelas que fala mal de ti na tua cara, e que só enxerga os defeitos dos outros. Me livrei delas. Mas para minha amargura consegui uma colega que é o resumo das duas. Ela costuma ouvir coisa do tipo: ‘não morde a língua, só engole o veneno’ na boa. Tipo de pessoa desprezível.
“-Pô mãe, tirei 6,5 na prova de física*!!!
-Nossa filha! Que bom que tu foi bem!!!
-
-Ai, mãe. Tirei 6,5 na prova de empreededorismo...
-Que que deu? Tava difícil?
*Mentira. No ano passado eu nunca cheguei a tirar mais que cinco numa prova de física.”
“-Então, como eu estava dizendo...
-Sim, a gente pode ir de caipira.
-Eu falei *COUNTRY*.
-Ah, tudo igual...
-*suspiro*.”
Em fevereiro de 2004 tocava aqui em BC: Eguinha pocotó – Mc Serginho; A paixão me pegou – Revelação; Beija Beija ta calor... – eu sei lá quem canta. Em fevereiro de 2010 tocava aqui em BC: Rebolation – Parangolé; Dejavu; sertanejo; sertanejo; sertanejo; sertanejo; sertanejo; sertanejo. Volta, 2004. Decadência. Tudo tende a piorar.
O que eu comi: 5 bolachas água e sal; 1 caneca de café; 1 sonho assado de coco; 1 empada de palmito; 2 copos de guaraná; 6 bolachas bauduco amanteigadas; 1 cenoura. E fui feliz. Hoje eu durmo com fome. Há quase duas semanas eu entrei em regime. Absoluta certeza que eu emagreci!!! 1kg.
Eu acredito em mim incrivelmente. Eu sei que eu vou ser ótima no que fizer. Eu tenho certeza absoluta que terei o melhor emprego. Que todos os dias, ao acordar de manhã, ficarei feliz de trabalhar no que eu escolhi, no que eu gosto. Eu sei que posso. Eu já me imagino lá. Mesmo não sabendo onde. Melhor, melhor, só melhor.
Eu me inspiro lendo textos que poderiam ter sido escritos por mim. Gosto de ler o que entendo perfeitamente, o que me identifico, o que me motiva a ser mais. Acreditar que eu posso.
Coisas que eu acho nojento:
-Tenho duas lixas de unhas; uma no estojo de aula e outra na carteira. É porque todo mundo na aula me vê lixando unha é me pede emprestada. A do estojo eu empresto pra todo mundo. A da carteira só eu uso. (y)
-Minha colega esqueceu um piercing de orelha outro dia, aqui em casa. Eu achei nojento.


Tributo às Mulheres
“Tua beleza é mais linda que a flor
Você exala o perfume do amor
E qualquer homem sem você é incompleto
A riqueza não vai ter nenhum valor
És companheira pra qualquer situação
Você é mãe de toda essa geração
O homem diz que faz da vida o que ele quer
Mas não passa de um menino nos braços de uma mulher”
(no encarte do mini preço de março)



P.S.: um pouco atrasado o poema, mas tinha esquecido o quanto o acho bonito.
P.P.S.: há quanto tempo eu não colocava um título numa postagem. Isso é ruim, acho.

sexta-feira, abril 30, 2010

Devaneios alongados parte VII

*Mais trabalho do que tempo, mais dor do que cabeça, mais sono do que noite. E olha que eu não faço praticamente NADA.
Eu tenho uma prima mais velha que eu. Quando eu tinha 10 anos, ela tinha uns 20. (agora ela tá casada com um argentino, morando sabe-se lá aonde, com uma filha recém nascida). Uma vez ela me deu um urso. Ela tinha ganhado o tal urso de um namorado, e não suportava mais olha pra cara de ambos. Eu achava engraçada a situação. Agora, eu acho que simplesmente se desfazer do bichinho, é pouco. Ela tinha mesmo é que carbonizar o desgraçado. Expurgar de uma vez por todas. Assim como eu, 17 anos atualmente, tenho vontade de fazer com certos, hm, objetos.
Na universidade todo mundo é quieto. Desconhecido. Já no orkut todo mundo é malandro. Pode me chamar disso, sou o rei daquilo, só tenho foto bêbado zuanucusbródi, minhas comunidades são fodas e meu perfil é auto-explicativo! ÉISSOAEMEXMO,MANO.
Hoje (08/03/10) eu ganhei uma rosa de um homem. A mensagem era: “Mulher, beleza única, repleta de mistérios e encantos, graça que deve ser lembrada, amada e admirada todos os dias. Para você, mulher tão especial... PARABÉNS PELO SEU DIA! Uma homenagem do Grupo RIC” Mas a intenção foi válida. Estavam distribuindo as rosas na praia. Mais que isso só o beijo que meu colega me deu, com os dizeres: parabéns pelo teu dia! *--------------------* Fofo.
É facílimo identificar argentinos aqui em BC. Eles andam em grandes grupos. E todos tem uma sacola da Havaianas na mão. Eles são os únicos que entram nessa lojas de ‘compre 5 pague 3!’ ‘uma camiseta por R$5, 4 por R$15’ e saem com 10 camisetas pulando fora de sacolas plásticas rasgadas. Eles lotam as capetarias. E os hotéis com diária de 5858856758mil.
Quando eu fui embora eu ainda tinha meus pais. Quando meu pai foi embora eu ainda tinha a minha mãe. Ma quando minha mãe foi embora eu me vi completamente sozinha. Me bateu um desespero. Tudo arrumadinho do jeito dela. O chinelo do lado da cama. As anotações em cima da mesa. Imensa vontade de chorar. E chorei. Pisquei e entendi que eu tô aqui pra viver de uma forma diferente, que eu mesma escolhi. Que eu quero isso. eu não to aqui a veraneio e nem pra ir à universidade para assistir palestras. A ficha caiu. Finalmente. Lavei meu rosto e passou. Passou e agora é assim.
Quem foi que inventou o trote para calouros nas universidades? Só digo uma coisa: participe, desde que você não more em São Paulo. O meu foi muito, muito, muito legal. Ta certo que eu não lembro do caminho de volta pra casa, e também não sei como eu achei a van pra ela me leva pra casa. E que eu levei nessa ordem: vinagre, tinta, café, ovo, tinta, vinagre, farinha, mais ovo, mais café, banana, halls e perfume barato. Que a imaginação aflore aí. E eu consegui mais de 20 pila no sinal. O que foi relativamente bastante, já que era de noite e não era no centro de Itajaí. Segundo os veteranos, eu não passo fome. Dica: não peça para motoqueiros(óbvio) nem pros caras de Renault, BMW, Hyundai, e outras espaços-nave. Os ricos são os mais pão-duros. Peça pras velhinhas, mães de família e caras bêbados(tem que eu vi). E um salve pro regador de plantas da prefeitura. Muito útil pro ovo e pra farinha dos cabelos virarem massa de pizza. “-E aí Bruna, acabou a fedentina? –Sim, o shampoo também acabou...” :(
A vista da cobertura do 15º andar do condomínio dele era linda. Tinha duas vistas pro mar. Uma pro molhe, bem à frente e uma pra barra norte, à esquerda. Aí ele disse: ‘essa minha vista é privilegiada.’ Quando eu fui concordar, ele continuou: ‘sempre vejo alguém fodendo ou trocando de roupa...’Aí eu não consegui mais olhar pra cara dele.
Ok, começou a fase: surte quando quiser, viva se puder. Trabalhos, trabalhos, merdas de colegas, que chegam atrasados na aula, se enfiam em teu grupo sem pedir licença, não fazem absolutamente porra nenhuma, riem das tuas idéias e acham que a as próprias são muito melhores. Mas, nem por isso as colocam em prática. SURTE. Mas não tanto. Eles não estão preocupados em saber se tu está preocupado, porque eles sabem que tu se responsabiliza e vai fazer, diferente deles, que a única participação será o nome na capa do trabalho. Que eles não fizeram.
Me encantei com um colega meu, que descobri ser meu colega, mais ou menos na terceira semana de aula. Também descobri, após ir conversar com ele, que ele é muito retardado. Tipo. Não dá. Eu não consigo mais olhar pra cara dele sem lembrar dos foras que ele fala casualmente. Eu que era toda querida nem mais oi dô. Bem que ele notou, sabe. Mas como ele é retardado, foi tarde demais.
Mulher adora responder a testes, questionários, etc. (e deve ser porque assim, nos conhecemos melhor, tentamos nos ajudar e melhorar o que está ruim). Outro dia respondendo um sobre se eu estava preparada para um intercambio, uma das perguntas era: você é responsável com suas tarefas? Você é organizada? Você cuida bem das suas coisas? Na hora eu: NÃÃÃÃÃÃÃO. No dia-a-dia: SIIIIIIIIIIIIIIIIIM. Muito mais do que muita gente, muito mais do que eu preciso me preocupar, muito mais do que eu devo organizar.
Eu gostava de perder minhas tardes de domingo no computador só olhando site bonitinho. O sol ia caindo e penetrando por entre as cortinas rosa salmão. Ia dando claridade na tela do computador. E eu ali, encantada com o que via. Fotos, textos, mais fotos, só o que eu gostava. E agora eu to aqui. O sol não entra pela janela. A cortina não é rosa e meus pés estão frios. Mas se eu olho pra fora eu vejo o mar. Minha vida era morar na praia. E eu vejo o mar todos os dias. Benção.
“Clarice diz (23:26):
* vamos cuidar da nossa vida
* vces tem trancado a porta legal?
bruna diz (23:26):
*não, a gnete fecha chato”
E eu já enchi o saco. Eu queria ficar a tarde inteira lendo meus romances, escrevendo meus textos, entrando nos meus sites legais, atualizando os blogs, ouvindo uma música boa, tirar fotos. E esse tempo acabou. Eu fico no PC lendo texto pra universidade, me arrumo pra ir pra universidade, todos os livros que eu leio são pra universidade, minhas conversas no msn são com os meus colegas de universidade sobre trabalhos feitos de última hora. Que saco. Eu to ficando triste. E não tem mais nem minha mãe pra ouvi minhas mazelas. Que só ela me entendia (ou fazia que sim). Não quero mais. Me devolve as barbies que eu vô chuta a casinha.
Eu quero minha mãe. Toda essa minha responsabilidade está me deixando louca. Literalmente. Eu não quero mais saber de lavar a louça, a roupa, o chão, fechar portas e janelas, desligar a tv. Não quero mais lidar com essa gente má. Adulta. Eu não quero mais ser adulta, me fingir de adulta. Eu sô criança. Eu tenho 17 anos. Que porra é essa de ter que escolher curso com 17 anos? Eu quero me esconder embaixo da cama. E quero que minha mãe me ache. Me dê colo. Me proteja desse mundo que está e puxando contra minha vontade. Contra meu senso.
“-Mas essa folha ta toda sublinhada, Bruna.
-Eu já tava bêbada ali. Tudo o que eu lia era importante.
-Sai daqui.”
Ele está visivelmente a fim dela. Piá novo, é foda. Dá bandeira demais. Ela chegou falando no celular e nem deu bola pra ele. Mas ela sabia que ele ia notar. Ele pegou o celular dele e enviou para uma tal de A.P. a mensagem: ‘vai ficar em casa hoje? Haha’ Pensa, então, que só te ligam quando foram esnobados.

quinta-feira, abril 01, 2010

Devaneios alongados parte (VI) Tudo atrasado

Cá estou eu. Meio perdida. Meio achada. Sabendo algumas coisas. Lutando por tantas outras. Sem certeza de nada. Nem do dia, nem das horas. Cinco horas já? Todo dia. Só o começo. Talvez já o fim do começo. E de novo, e sempre de novo. E nem eu entendo. É muita coisa pra assimilar...
Atualizando minha vida, meu blog, meu tudo, meu nada...

Devaneios alongados parte (VI)
Eu fiquei surpresa. Perplexa. Ok, meu bíceps, e não me pergunte por que, mas eu ainda estou com essa parte do corpo parcialmente dormente. Me amoleceu tudo. Meu coração bateu trocentas vezes mais rápido e minha respiração vacilou. Como assim? Ora isso é bom mas porque eu estou sentindo isso? E eu não sentia mais nada. Recapitulemos.
Incrível que quando eu comecei cotar a merda da história, elas já sabiam o final. E que esse tipo de coisa é bem previsível vindo de quem veio. O que faz uma paquinha escrito: ALERTA! piscar dentro de mim: se você se relaciona com pessoas que fazem esse tipo de coisa que todo mundo sabe o enredo (e consequentemente o título) é de se preocupar. Se afaste disso (dessa pessoa).
Sabe porque eu não tenho namorado? Porque eu não quero que ele seja gay, ou feio, ou infiel, ou rebelde, ou nerd, ou tapado, ou galinha, ou mentiroso, ou filhodaputa, ou nazista, ou pobre, ou mala, ou drogado, ou caipira, ou asqueroso, ou vesgo, ou ogro, ou chato, ou reclamão, ou vagabundo, ou evangélico, ou... inexistente. Esse namorado não existe.
Eu to com saudades de coloca meu jeans ellus. Por mais que eu tivesse 25000 outras calças eu tava sempre com a mesma apertada. Saudades de chegar na sala, sentar lá no fundão(minha ruína estudantil) e só abrir o estojo no 3º período. Saudade de virar os olhos pros assuntos da Dárquila. De tirar com a cara da Paloma, dos comentários mordazes do Digo e do João, de disputar a atenção do livro do Lucas e de ‘comandar’ o abre e fecha das janelas lá de trás. Como eu sinto falta disso tudo e muito mais. Eu realmente espero ter amigos com ela pro resto da minha vida.
Uma vez eu tinha a toca de inverno de um menino aqui em casa. Só pra situar eu não estava ficando com ele. Eu achava isso pelo menos. Eu só estava com a toca de inverno dele. Possivelmente ele achou que estávamos juntos. Certamente ele achou que ao lhe devolver a toca eu coloquei algo a mais em sua cabeça rsrs. Mas eu gostava daquela toca. Ela exalava um perfume bom. Em todo lugar que eu a colocava contaminava tudo. Ela ficou aqui umas duas semanas acho. Enquanto isso o menino passando frio e nutrindo um profundo ódio por mim. Já falando, me odeia até hoje. Ah, vai entender os sentimentos dos outros. Eu nunca fui tão má com um menino quanto com esse. Ele tem mais que me odiar mesmo. Talvez (ou não) não quero estar estando com alguém com toca de inverno (ou sem) pelos próximos 25 anos. Ah não, 40 anos é ainda muito cedo.
“-Cadê a Carla?
-Não sei.
-Como assim não sabe?
-Não sei ué!” (Claro que não sabia, era Camila, não Carla)
Eu sonhei que a Fran do Kumon me ligou pra marcar o dentista. E daí ele me perguntou se eu ainda tinha os cogumelos pra pro na boca quando machucasse. E que o Evaristo Costa estava rindo dum médico no Jornal junto do vesgo que dá o resultado da Telesena e depois eles passaram a matéria pro Datena. E que o Kayky Brito tava na minha cama e tinha um telefone e a Kita também. Que eu subi as escadas do escritório da loja do meu tio com minha mãe. E eu estava com a camisola curtiíssima que a Nathi tinha me dado. E que tinha uma formatura e eu tava lá naquela situação que Graças a Deus e a mim mesma não precisava mais passar. E cadarços coloridos. E algo que eu tinha que correr. Pra variar.
O João tava dirigindo. Eu tava atrás dele no banco do carro, eu olhava nos olhos dele pelo espelho retrovisor e pedia: JOÃO, por favor. Eu olhava pras gurias e elas estavam rindo. Eu olhava pro Cássio e ele tava rezando. Que nem eu. Mas rindo, que nem eu. Deus, eu não quero morrer assim. Eu chutei algo no carro (e aqui, me contaram uma versão diferente da que eu lembrava). Era uma Coca-cola. Jesus, quem me viu não acreditou que era eu.
Eu nunca tinha pegado um ônibus na vida. O primeiro foi pra ir pro meu primeiro dia de aula na universidade em outra cidade que nem era a que eu me mudei. Mentira, só pra causar impacto. Eu já fiquei dez dias dentro de um ônibus (ta ta, mas 10 horas sim) sozinha indo pra puta que o pariu. Primeiro dia minha mãe me levou até a parada, no segundo dia eu perdi o ônibus de volta, cheguei em casa às 24:00 no que ia pra onde judas perdeu as meias. No terceiro dia, bom no terceiro dia deu TUDO CERTO. Com direito a cobrador argentino com Rayban, gel no cabelo e o sotaque.
“-Ahhh, é a música da Pantera!!! – eu falo.
-(cara de: JesusCristoAmado): É 007. Não Pantera. – meu pai se desespera.
-É?
-Éééééé!!!
-Mesmo?
-SIM! (com cara de morto)
-AAAAAAAAAAAAH é. A da pantera é tãn nãn nãn, tan nãn, tãn nãn nãn nãn nãn nãn nãn........
-(meu pai só me olhava)
-Nooooooooossa, que fora. Ta, para de olha pra mim. Ta. Para.” (sobre a patinação Vancouver 2010).
Há um lugar que eu disse que nunca mais ia entrar. Aquela porra de lan house. O cara foi muito grosso comigo. Daí que a excelentíssima minha irmã tava lá com certos problemas e eu tive que voltar lá. E eu não me liguei que esava sendo importuna para outras pessoas. Até que eu ouvi um aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaafs bem grande e saí de lá correndo. Eu não ENTRO NUNCA MAIS LÁ AGORA DEFINITIVAMENTE.
Sou uma pessoa muito ingênua em relação a: universidade; lancheria de universidade; trote de universidade; transporte até a universidade; professores de universidade. O que é bem óbvio sendo que eu nunca conversei com ninguém sobre universidade e é a primeira vez que eu estou estudando em uma. (estudando? Até agora eu só ouvi: “AAAAH, QUE FELICIDAAAADE, NÃO QUER ESTUDAR, FAZ PUBLICIDAAAADE!!” ¬¬)
Pra cada ônibus de argentinos que vai embora, uma noite a mais de silêncio. Quando cheguei aqui não entendi o que as pessoas tinham contra os gringos. Agora eu infelizmente sei: vão fazer barulho até às 4 horas da manhã na puta que pariu. Nunca vi tanta gente gritando feito retardado. Nunca vi tanta gente reunida bebendo 3489854568985 copos de capeta, caipira e mais lá sabe deus o que consomem. Fora os afetado que ficam batendo palma durante cinco minutos pros mágicos picareta. Meu, vão cuida das crias de vocês, da pele torrada, do dreads e das camisetinha: EU AMO BALNEÁRIO CAMBORIU- BRASIL. Vão embora. =(
Chego a várias teorias sobre várias coisas o tempo todo. Agora foi essa: eu poderia simplesmente ter ido me explicar pra ti. Dizer: não, foi isso, e eu não disse nada por causa disso e... Mas não. Chega um ponto em que não há mais motivos para explicações. Que tu enche o saco e manda se foder. Exatamente o que eu fiz.
Nas duas primeiras semanas de aula eu...
-perdi o ônibus: duas vezes
-errei a parada do ônibus: uma vez
-errei a porta do ônibus: uma vez
-errei de ônibus: duas vezes (MAS EU SALTEI FORA, só pedi informação...)
-entalei da roleta do ônibus: uma vez
-cai de quatro nas escadas com saia jeans: uma vez
-bati a cabeça da porta da van: duas vezes
-dei fora: ‘aqui no colégio...’(UNIVERSIDADE), ‘o trote vai ser depois do recreio’(INTERVALO),
“Eu no camelô:
‘-Quanto são essas carteiras?
-R$25. – responde a coreana
-E essas são quantas?
-Cara.
-Como?
-São caras essa aí.
Eu começo a rir. Indignada. Coreana dos inferno. Me dá nota fiscal, vai.’
‘-Oi, quanto é essas tuas cuecas? - falando pro menino de 16 anos que cuidava a banca. Fiquei vermelha.’”
“-Nossa, mulher de fases! Tihuana. Não, não, Los Hermanos!
-BRUNA, JESUS CRISTO, RAIMUNDOS!!!”
“Eu na loja de sandália:
‘-Ahh, eles colocam só um pé do par pra ninguém rouba, né mãe?’
E só me levanta a atendente de trás do balcão.”
“Sai duas argentinas de um projeto de restaurante, cuja placa dizia: ‘HOJE TEMOS RISOTO’. E uma delas pede:
‘-Tica, onde posso comer pizza? (tipo: pitszá)
-Ah, hm, ali no O Paparazzi acho que tem. Ali, na placa verde. – eu respondo.
-Onde?
-Ali naquela placa verde. Acho que tem.
-Ahhhh, si, si. Gracias.
-Mas, viu, eu acho que tem...’
“-Noooossa, o Frejat tem 47 anos????! – eu falo.
-Sim – minha mãe responde.
-Achei que ele fosse mais velho, tipo tu.
-E tu acha que eu tenho que idade?
-Err, 49...?
-48. ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬”

domingo, fevereiro 07, 2010

Devaneios alongados parte V

Minha mãe falou que a Regina leu as cartas. Daí eu dei uma gargalhada descrente. ‘A Regina lê cartas? Certo. E o que ela disse?’ Ela disse: ‘que uma das minhas filhas vai morar no exterior e não vai voltar mais (eu quase chorei quando ela falou isso, mas eu tenho quase chorado por tudo mesmo), que a minha doença vai ter cura (a doença da minha mãe AINDA não tem cura), que eu devo cuidar mais de mim, e que eu tirei o Imperador. O Imperador quer dizer que eu tenho autoridade. Que eu mando e comando tudo. Mas não de uma forma errada (lê-se: tirana.) (isso é verdade, mas minha mãe vive se implicando com a Regina). Ah, e ela falou que a Marilan tem que dar mais pro marido dela. E é verdade. A Marilan tem uns problema sério com o marido dela.’ Eu falo: ‘E o que a Reina sabe da tua vida pra falar sobre isso?’ ‘Bom, ela sabe que vocês estão indo estudar fora, e que eu tenho dificuldades...’ ‘Hm.’
Na verdade eu nem sei quando eu tenho sede, vontade de fazer xixi ou quando estou cansada. No Jump o Andy dizia, ‘se tu cansou como eu, vai com calma, ó, faz os passos assim, respira... mas NÃO PARA’. Aí eu me dava conta que estava cansada. Mas fome eu sei identificar.
“Srtª. Clarice Fátima(na verdade é sem acento),
Eis uma das inúmeras e desconhecidas ruelas desta cidade mineira por onde transita uma perdida gaúcha.
Denise, agosto, 1978 – Uberlândia – MG – Brasil”. *De quando minha tia resolveu que ia se mandar de Erechim morar em Uberlândia. A foto do postal é bem legal.
Eu gosto tanto de um som baixinho. Uma batida fraquinha. De silêncio. Lá longe algum ruído de carros, vozes, por que não do mar também? Essa paz que eu tento encontrar dentro de mim se produz no ambiente que me cerca. E assim eu me sinto tão bem. Tão calma. Sem esperar que nada aconteça, nem de mim nem por parte de outros. Sem compromisso. É tão difícil de relaxar que quando enfim conseguimos, não sabemos aproveitar. Nem talvez identificar.
Eu sempre tentando definir sentimentos com palavras, muitas vezes conseguindo como agora: emocionada. Estou sentindo uma emoção que parece que eu to nas nuvens. Eu não sei direito. Não sei nem se devo sentir isso. Mas é tão bom. Eu me sinto tão feliz...
“Pai diz: -Mas lá nos restaurante que nós jantamos na formatura, era... agronômica...? não sei...
Mãe diz: VILA GATRONOMICA HOMEM!
Dois minutos se passam, pai diz: -Mas lá, na praia, no fim, no tobogã, não, no bondinho...
Mãe diz: bondinho, tobogã???? (riso muitos)”
RS, Santa Maria, dia 18 janeiro de 2009, às 14:12: ‘Coisas que eu não queria que tivessem sido jogadas fora na mudança: -1 lata de pomarola, 2 copos de requeijão, 1 pinheirinho de natal, sabão em pó, provas da UFSC, várias folhas, comida, 1 caixa de ferrero rocher, 1 embalagem de blusa da gang, shampoo. Coisas que eu queria que tivessem sido jogadas fora na mudança: -eu, eu, eu, Bruna.’ Depressão pós enfrentar uma mudança com o gênio irritante e agressivo de minha irmã. Tipo, meu pai dois. Eles mandam, tu chora.
Eu acordei irritada, porque ninguém me chamou. E o cara do pc diz que vem hoje. E disseram que iam me chamar pra me acordar. Aí não tinha pão. E o bolo de chocolate com cereja que eu tinha feito ontem e comido só um pedaço não tinha mais. Aí eu resolvi que ia tomar leite com Nescau, e não tinha mais Nescau. Conseguiram consumir o MEU Nescau. E só tinha ameixinhas vermelhas. Elas não estavam suficientemente maduras (ainda muito ácidas pro meu paladar) e tinha melancia, mas que come melancia quando acorda? Então eu fiz um café e fui assistir o programa da Ana Maria Braga. Ela ta reprisando, e mostrava na TV uma receita de frango que a mãe dela estava preparando. Era engraçado porque a Ana Maria falava a receita e a mãe dela repetia, e de repente ela falava: ‘não, não, é assim... ’. E ela falava a receita do mesmo modo que a Ana Maria tinha dito. A mãe dela tava toda calminha e repreendia a Ana, e a Ana por sua vez faz o que todas as filhas fazem quando são repreendidas: viram os olhos. Tipo: ‘até na frente das câmeras mãe?’ Elas provam a comida, se abraçam e volta o programa ao vivo, e lá está Ana Maria Braga chorando, muito emocionada, ela olha pra câmera e diz: ‘Se você tem mãe, cuide bem dela. Fica bem pertinho dela, que isso é a melhor coisa que se tem’. Quem começou a chorar fui eu. A gente nunca cuida do que tem. A velha história que do que só sabemos dar valor quando perde. Essa é uma das coisas que infelizmente temos que aprender por si próprio.
RS, Santa Maria, dia 09 de janeiro de 2009: ‘ok, chega, a paciência acabou. Se o filho da mãe do vizinho do ape de cima não parar de ouvir rehab da Rihanna a todo volume do modo repetição contínua eterna eu vou gritar. Fora isso minha estada no ape da minha irmã está todo bem (claro animal, nos primeiros dias é fácil aguentar a irmãzinha) e eu nem alaguei o banheiro dessa vez (literalmente). Uma constatação: estudar demais, cheirar pacote de trident de menta demais, ter que ficar no mesmo ambiente de que minha semi-prima enquanto ela faz uma espécie de carreteiro faz MAL PRA SAÚDE. ACREDITEM.
Agora lembrei algumas peculiaridades da cozinha de Rachel(lê-se: reitchéul): café da manhã: iogurte, bolinho do Nacional, café, pão, margarina. Não tem lanche da manha porque ela acordava tipo 10 horas. Almoço: carne moída, com cenoura cozida, ovo frito fritado em cima do arroz (caaaaaaaaara, até aqui tudo bem, mas ela fazia tudo junto o cozimento, tudo numa só panela, isso não é normal e o fedor que aquilo exalava TAMBÉM não era nada normal). Lanche da tarde: bolinho do Nacional, alguma fruta, dormir(opa, dormir não é comida) e mais alguma coisa até porque eu não ficava rodeando ela. Janta: bolo do Nacional mergulhado em iogurte de morango. Olha aqui seus burros pra aprender: você pega um prato fundo, tipo de sopa, coloca grandes pedaços de bolo e joga o iogurte por cima. Dirige-se até a sala, senta em frente à TV pra assistir a novela das oito e começa amassar o bolo. Cuide para que o iogurte não respigue em tua roupa (no caso aqui, a camisola que ela não tirou o dia inteiro). Quando o bolo acabar e sobrar iogurte, fique escavando com o garfo o fundo do prato. Fazendo bastante barulho. E só vá lavar o prato quando a novela acabar. Essa é umas das jantas. Ruim quando ela esquenta aquela gororoba de almoço de carne moída e vai comer no sofá ou quando ela leva no prato 5 pêssegos pra comer enquanto assiste à novela. Quando a novela acaba o namorado de Rachel vem visitar ela. Ele traz algum tipo de fast food e Heineken pra comerem no quarto. Mas a Rachel é normal, sabe. Ela tem um coração grande, ela só é iludida com a vida.
“Mãe pro pai: ‘-tu viu, Gilberto, que velhinha que a Kita ta? Já ta com 10 anos.’
Pai: ‘são quatro anos a mais na conta da nossa idade pra deles né?’
Mãe: ‘não, não, acho que não. A kita deve ta com uns 40 anos’
Eu: ‘desculpa, mas 10x4 é quanto...?’
Pai: ‘ããããã, Clarice...!!!!’
E com uma boa família nós ficamos tirando com a cara da mamãe.”
“-Ah! Eu sabia que a Luciana ia dar pro Miguel!
-Eles não iam se casar?
-Não, ela ia se casar com o Jorge.
-Mas não é o Jorge o médico?
-Não, o Miguel é o médico.
-Mas QUEM É O JORGE ENTÃO???
-O certinho, Bruna. Para.”
Eu to a ponto de surtar de sair gritando. De dar chutes e socos em todo mundo que cruzar meu caminho. Eu não paro de pensar em o quanto eu preciso mudar isso. no quanto ta insuportável tudo isso. Mas pra onde eu vou? Que eu vou fazer? Vontade de ficar quieta. Num cantinho bem pequeno. Escuro. Sozinha. Invisível. Silêncio. Impossível. Ta tudo tão maçante. Eu não agüento mais.
Provavelmente minha mãe não vai gostar de ler isso. Mas agora ela não está aqui. Eu nunca fui de ‘consumir substancias avessas até a morte’. Não comparada a minha irmã. Mas de repente eu fico sabendo de gente que acorda na grama. que acorda na casa de não sei quem com a mãe desesperada no telefone e eu me vejo pura, digamos assim. Nunca pude fazer nada fora do padrão (beber e voltar pra casa sabendo o caminho) –então eu já escapei do padrão. Porque sempre teve a bruna pra cuidar dos outros. Isso inclui minha irmã amada thuane. Eu lembro de uma vez ter ido ao mercado de tarde com minha mãe, num dos quatro dias do carnaval. Na volta pra casa, em plena sinaleira, me passa um homem – o homem. Sem camisa, com a caneca pendurada no pescoço e com a cara amassada dizendo: res-sa-ca. Minha mãe esqueceu da sinaleira – e eu juro que o tal homem no auge de seus 25 anos, sentiu-se abusado de tanto que eu e minha mãe nada convencional olhamos praquele peito enorme. Quem sabe eu goste mesmo dessa vida boemia. Carnavalesca. Quem sabe eu esqueça desses meus dias (noites?) sombrias.
(17/01/09 às 16:58
Já 2009. Quase fim de janeiro de 2009. Percebo que se passou um mês e eu nem notei. Que mais uma vez sinto que foi um mês improdutivo. Olho no calendário e tem mais 11 meses. Que eu sei que não farei nada de útil.
Eu olho a caixinha de tic-tac menta e penso em comê-la todinha. Agora. De um vez só. É o meu remédio. Remédio de uma retardada que não consegue deixar de pensar que não há mais razões.)
Todo mundo fala sobre Avatar. Eu não sabiado que se tratava Avatar. Só sabia que era a lutaentre o bemeo mal. Eu fui nocinemaassisira Avatar com minha mãe. Eu não tenhoaindaumaopiniãosobre o filme. Mas é dauelesfilmes que tu sente calafro a todainstante. E eu me apavori sabe. Porque foi tipo: nósnativosconhecemosamata.essaé a nossa única vantagem sobre eles. Tipovietnã. !!!!! e seatacarem o brasil por causa de água??? E o aqüífero guarani aquie eem erechim???? Morrereos. Foicomo ojack disse: quando um povo tem o que vocesquerem eles setornam inimigos devocês!!!! Eu pretendo fazer uma breve pesquisada no ooge pra saber melhor sobraavatar. aha Ecomo vocês podem veresse teclao fexível vermelho émabstaaaa .. temqu ficarclixando e o spacenão fnciona. Eu vou dormir. Me irritei.
Nós saímos do cinema depois de Avatar e entramos do mercado. Não tinha música ambiente. O super tava em silencio, a não ser as pessoas conversando. Depois da surdez que o filme nos causou um silencio estranho. Na saída da garagem o rádio começa a funcionar... ‘but jah provide the bread, is this love, is this love, is this love…’ Reconfortante.

domingo, janeiro 31, 2010

Devaneios alongados parte IV

Ela me encanta. Todo seu mistério, silêncio. Seu jeito pacífico. Tenho vontade de só ficar olhando-a. Mas tenho medo também. Ao mesmo tempo em que gostaria de me aproximar dela não gostaria de ter seus segredos revelados. E aqui os estão.
Eu realmente estava apaixonada por ela. Foi paixão à primeira vista. A voz dela tão suave. Ela tão quietinha. Tão delicada. Atrás do balcão, sorrindo pra mim enquanto me dava o troco da revista. Meu Deus, alguém conhecia ela? Da onde ela vinha pra onde ela ia? Eu não sabia de nada. Só que ela trabalhava lá, nos finais de semana. Era quase nove horas da noite ontem. Eu estava voltado da academia com minha irmã e uma amiga, e no bar da Avenida 7, lá ela estava. Sentada. Com as pernas cruzadas. Jeans, blusa de alçinha e uma rasteirinha. Fumando. Meu encanto foi embora junto com a fumaça das tragadas do cigarro dela. Eu olhava fixamente pra ela enquanto caminhava. Quem ela estava esperando lá? Porque ela estava lá? Porque porra ela tinha que ta fumando às nove horas das noite num bar???????????? Ela é tão linda. Era. Não sei. Bem que eu achei aqueles cabelos pretos tingido muito subversivos pro rostinho angelical dela (ok, sereno, no máximo). Ela não me viu. Ela estava olhando pro além. E eu querendo ver o além dela. Nesse final de semana eu vou lá. Nem que eu compre uma mísera bala para ela me dar o troco dela. diaxo. É perseguição. Eu só me envolvo com gente ilícita. As três últimas pessoas que tive algum relacionamento eu tenho certeza absoluta que já ingeriram substâncias tóxicas. O meu círculo de amizade está me sufocando. De fumaça. Morrerei passivamente.
“O sári (tecido com a qual as indianas enrolam o corpo sem usar botões, zíperes e alfinetes.) está para a mulher indiana como o jeans está para a ocidental. É roupa para todo dia e sobrevive a gerações. As avós por exemplo, costumam costurar colchas para os netos usando retalhos de seus sáris velhos.” ELLE, abril/09. Essa foi a coisa mais legal que eu li essa semana.
“-Mas a vó...
-Tu faz tudo o que eu tenho que fazer lá em cima?
-Mas to falando que a vó vai...
-CALA A BOCA!
-Eu...
-CALA A BOCA!
-Cala boca tu! Manda a NONA CALA A BOCA!
*Diálogo entre meu pequeno primo de 14 anos e sua amada mãe. A rua inteira ouviu.”
Assim como os livros, aqui estão os cinco últimos filmes que eu assisti:
-A sobrevivente; Atos que desafiam a morte; Mulheres com dinheiro; Pequena Miss Sunshine; As Panteras detonando; A noviça rebelde. E pra quem também não consegue dormir sabe que esses são praticamente todos os filmes que a Globo passou de madrugada nessa semana. E eu sei que tem mais que cinco, e tem mais. Mas depois de cinco itens minha memória falha.
Eu tenho medo, aliás, eu nem sei se é certo ter medo sobre isso, então melhor dizendo: eu tenho uma expectativa em relação ao meu futuro, com os hábitos que tenho agora, se eu os terei ainda mais adiante e se eles forem normais para uma pessoa adulta. Tipo tomar leite com Nescau. Anotar trechos de livros. Ou recortar revistas e colar numa agenda receitas de coquetéis, exercícios de bumbum, coxa e abdômen tábua, simpatias, etc., e também guardar papeizinhos de viagens, e anotar freneticamente tudo o que eu tenho que fazer, e comprar compulsivamente coisas, querer cozinhar e nunca ter todos os ingredientes, sei lá. Pra minha idade isso é perfeitamente normal. Mas e quando eu for adulta? Eu não gostaria de perder isso. Apesar de minhas compras poderão se tornar dívidas. Eu não gostaria de ser endividada, sabe. Será que eu levarei meus hábitos comigo? Essas dúvidas me parecem tão absurdas de vez em quando. Eu me preocupo com acontecimentos naturais da vida. Aqueles que quando tu vê já não existem mais, saem acompanhados da rotina, sem dizer tchau, dando espaço pra tantos outros...
“Ter disciplina pessoal significa decidir o que deve ser feito, e fazer. E isso não pode depender da vontade o momento. Tem que depender da decisão que foi tomada antes, porque a vontade é emocional, enquanto a decisão é racional. E o comandante tem que ser o racional, pois é ele é quem tem o discernimento sobre o que é bom q o que não é bom. O emocional só diferenciar o agradável do desagradável, o que não serve como critério para as grandes decisões.” Revista Vista Simples, dez/jan 2008.
E depois de um tempo sem ter vontade de levantar da cama, e por uma pequena parte inicial devida a preguiça, hoje eu saí de casa! Depois de tipo, uma semana. Isso me acaba.
“Você já teve vergonha a ponto de sentir uma pinçada no peito e um leve tremor no cérebro? Acordei com isso hoje. Sonhei com você. E foi o suficiente pra passar o dia recapitulando nossa história. Quer dizer. A história que inventei sobre nós dois. Quando lembro de tudo que falei sobre a gente, sobre as expectativas que criei, é inevitável não me sentir ridícula. (...) É tão patético pensar que criei tudo que eu dizia existir entre a gente. Simplesmente moldei um sonho e saí escolhendo quem se aproximava dele. Forcei como quem tenta forçar uma peça de quebra-cabeça no lugar errado. Falta uma curvinha, sobra uma pontinha, mas quem liga? A ansiedade de encontrar a tal pessoa era tanta que ignorava seus sinais. (...)Gosto de acreditar que é coisa genética, sabe? Nasci assim e só existe um modo de viver com sanidade: tomando doses diárias de realidade e correndo, desesperadamente, de qualquer possibilidade de fantasiar uma situação. Que é exatamente o que fiz com você.
Sei que fui imatura, desesperada, cruel. Eu pedia honestidade e você era honesto. Mas eu ouvia o que queria e ainda espalhava a minha visão deturpada de você pra todo mundo. De nada adianta a sinceridade quando a verdade não convém.
Nem sei se pedir desculpa adianta. Acho que nem é o caso. Mas quero dizer que agora entendo seu lado. Parecia meio maluca na época, insistindo tanto, dramatizando tudo sem necessidade. Tentando trazer minhas fantasias para sua vida. (...)”. Sim.
“Você come uva com faca? É isso que estou te pedindo. Você come uva com faca? Não. Claro que não! É essa a questão.”
“-A escola de música fechou. Por que será?
-Porque o professor não sabia quem era Jimmy Hendrix.
-Os alunos protestaram.”
“-Nas Americanas tem um kit com esses esmaltes. É 14 pila, dá o mesmo preço já que os esmaltes separados custam R$2,00.
-E têm todos esses vermelhos???! Oooooh!
-Aham, tem o da luxúria, o da inveja, olha o da gula...
-E o Gabriela? Não tem Gabriela nesses vermelhos?
-Gabriela não está nos Sete Pecados...”
Ela tem vários livros em casa. O que ela estava lendo agora era Olga. Esse foi o da última escola em que ela estudou. Ela disse que de cada escola ela tinha vários livros. Dentro de caixas grandes. Livros que na primeira folha havia um bilhete que dizia: ‘este livro pertence à biblioteca do colégio. Conserve-o e devolva-o até na data marcada’. Conservados estavam, devolvidos hm...
Fomos até a biblioteca do momento. A minha querida e mais recente biblioteca que me rende boas leituras. A bibliotecária estava furiosa. Porto Alegre não mandava livros novos fazia seis meses. ‘Vergonha!!!’ Conversa vem, conversa vai e eu querendo ir embora. ‘E as pessoas não devolvem os livros. Elas acham que a gente não tem controle. Atrasar um ou dois dias tudo bem. Mas deixa eu contar uma história que aconteceu essa semana. Nós estamos com uma lista gigante com mais de quatro páginas de pessoas que estão com livros nosso em suas casas. Nós estamos ligando para essas pessoas viram até aqui devolverem. Essa semana, nós ligamos para um rapaz dizendo que ele tinha um livro pra nos devolver. Quando ele chegou aqui nem dava pra ver o rosto dele com a pilha de livro que ele trouxe segurando. “Falta de respeito essa gente que não devolve os livros. Quem quer ler não tem porque tem alguém que nem se lembra que está com eles.”
Fatos.
Ele fica vagando pela casa. Está no banho. Está na sala vendo TV. Está no computador. As três mulheres. A mesa da janta não está feita. Porque as mulheres não foram arrumá-la. Então ele fica esperando. Até alguém ir arrumar. Mas até agora as mulheres não foram. E ele está com fome. Provavelmente ele irá até a cozinha, começará a praguejar, pegará pratos e talheres só pra ele. Quando as mulheres arrumam a mesa elas não arrumam só para si próprias. Elas arrumam para todos. Fim.
Claro que eu não estava assistindo a estreia do BBB10. Eu estava na sala, comendo grustoli da minha vó e lendo uma ELLE de abril/09 quando Viver a Vida acabou. Mas vou dizer, a casa do Dicezar (?????) era linda, super colorida, animada.
E mais: sobre os ‘tipos’ dessa edição. Eu falo: nossa, olha esse. A vó fala: mas bom, nunca se sabe, vai que tu se apaixone por um desses. Eu falo: já me apaixonei. A vó fala: então era por isso que tu tava naquela fossa esses dias? Eu falo: NÃO. E olho fixamente para a TV sem responder o que ela pergunta adiante). Pois é né, porque será que o grustoli ficou seco, heim? Será porque tu tomou a cachaça ao invés de por na massa? Faz 49783895 dias que tu vem aqui e fala pra eu não chorar, pra mim não ficar triste. PORRA. TU NÃO SABE DOS MEUS MOTIVOS E AINDA VEM DIZER: ‘E EU LEMBRO QUANTO TU ME DISSE: VÓ NÃO FICA TRISTE’. OK. Tu só quer ajudar. Mas não venha me dizer isso às 11 horas da noite de uma terça-feira com cachaça na mente. Não toca nas minhas feridas.
Eu o consumo às 17h30min. E às vezes em alguma página da CARAS. Mas sabe, a música até que é boa. O problema são as letras. E é impossível escutar as músicas sem prestar atenção às letras. Horrível. Falta, eu já disse que falta. Tipo Fresno, sabe? Não, não, Fresno é melhor. Fresno toca ‘se algum dia eu não acordar’, que eu escutava quando estava na 6ª série, talvez lá em 2004. ‘Você chorariiiaaa, se arrependeriiiiaaaa? Sealguuum diiia eu nãoacordaaar...’
Parei de sair de casa sabe. Eu sempre paro. Quando eu estou na rua eu compro tudo. Passo em todos os lugares que tenho que passar e gasto dinheiro. Em casa não. Eu tenho preguiça de sair só pra ir comprar a bolsa de imitação de pele de cobra com corrente dourada. Ou CD e DVDs pra gravar fotos e filmes. Eu vou à locadora, escolho os filmes e mando outra pessoa ir devolver. Preguiiiiiiiça..............

sábado, janeiro 02, 2010

Devaneios alongados parte III

20:56 >> eu acabei de fazer uma pizza. meu pai olhou pra ela e classificou-a como indigerível. e foi no master compra uma decente. eu realmente fiquei triste.
Simpatia que eu fiz esse ano além da calcinha vermelha: escrever na casca da banana tudo o que tu deseja pro ano que virá. Depois tu enterra na terra. Aprendi na Ana Maria Braga.
A agenda de 2007 foi engraçada. Eu escrevia quem estava no paredão do BBB7, quando que precisava devolver filmes e livros, viagens, todos os jogos do Grêmio (da libertadores, bons tempos), quando tinha prova, entrega de trabalhos, festas lá no puta que pariu, testes do kumon, aniversários de famosos, e já é 2010. Eu tento não assistir a TV, porque todos dizem: ‘nesse primeiro programa do ano...’ , ‘no primeiro final de semana do ano’, e bom, se não fosse a merda de festa de reveillon que tive, minha virada teria sido perfeita. Mas uma quinta-feira que acabou e nasceu a sexta-feira. Mas sei lá. Mais um mês de férias e depois eu nunca mais vou ter férias que nem essas. Eu que já estava acima do peso agora me considero gorda e esse calorzinho... hm.. 2010.
Eu sempre acho que está tudo muito bonito. Então eu coloco tudo. Mas o mais bonito é a simplicidade. Não o excesso. Alguém me explica o fundamento disso tudo. Será provável porque eu quero mesmo todos, tudo, o mais belo? Num filme que assisti, uma doutora analisava a pintura de um desenho. Onde as cores dos olhos, das orelhas dos coelhinhos e ursinhos não correspondiam ao real (tipo a pupila do olhinho do coelho era roxo, a pata verde..) e o lápis de cor não ultrapassava a linha preta do desenho. Quase atingia a perfeição, e também tinha sido pintado com força. A outras folhas do livro estavam marcadas. Isso significa que a moça que tinha pintado estava se sentindo presa. Amarrada. E a escolha da imagem também tinha um significado mais tarde explicado pelo filme. Eu gostaria também que analisassem o que eu escrevo. A minha letra, o que pode-se dizer de mim através de.
Eu tinha marcado os dias do Enem, a quarta-feira do meu aniversário. Joguei fora o de 2009. O que me faz procurar um novo calendário de ímã grátis em algum estabelecimento. Ok. O Enem eu paguei e não fiz e meu aniversário só não passou em branco no calendário (exagero.). E mais uma coisa: é muito estranho observar a nova data do visor do celular não acham?
Eu sinto que estou vivendo a mesma coisa que minha viveu. Ela com meu pai e eu com minha irmã. Ficamos ressentidas por tudo ter que ser do jeito deles, de tão chatos teimosos briguentos e estúpidos nós simplesmente não achamos forças para contestar. Por mais que é melhor do que nada, pois se corre o isco de ficar sem, comecei mais um ano se repetindo em algumas coisitas. Na próxima vez eu gritarei tanto, mas tanto que nenhum ignorante vai me fazer mudar de idéia.
Nesse ano eu prometo respeitar o amor dos outros. Como ‘nesse ano eu prometo’ é clichê e nada se realiza com esse início faz assim: precisa ficar com quem a gente realmente ama. Não ouve as ladainhas dos outros. Vai ser feliz com teu amor. Esquece a outra, o outro. O que tu tem é muito melhor, não deixe perceber isso quando não tiver mais essa pessoa do seu lado. Aproveita isso no agora. É isso que importa.
Desde aquelas férias algo me dizia que tinha alguma coisa errada aqui. E eu me encontro lutando pra sobreviver nesse ambiente. É tudo. Dessa vez não tem o nada. Sei exatamente o que me angustia. Não suporto mais essa pressão impalpável. Essa minha auto-cobrança. Essa minha eterna testa franzida. E crises que parecem insuperáveis nas próximas três vidas. Chega de pena de mim. É até mais legal se rebelar e começar a gritar que nem louca. Se ficam bravos quando tu se fecha e não fala nada imagine quando tu gritar. Experimente. Pode ser delicioso.
Eu tava guardando as moedas do troco e me vi automaticamente segurando meio que separadamente duas moedas de R$0,50 e uma de R$1,00. Pra quê? Bilhete de loteria. Faltava 15 min pra encerrar as apostas e eu não tinha nem preenchido o cartão. E eu gritava “PAIIII, A SENHA É 191, PAAAAAAAI, NÃO VAI DAR TEMPOOOO, EU VOU GANHAR” Ok, não foi dessa vez que eu fiquei milionária. O propósito disso é eu achar que estou ficando viciada. E isso é sério. Seriíssimo. Saio de um vício e vou pro outro e não faz nem um mês que tenho 17.
Eu estava feliz lá. Isso significa: eu não estava preocupada com nada, além das preocupações normais. Daí eu fui a uma lan house, e foram surgindo preocupações. Eu fui pensando em como resolver isso, como dizer aquilo a tal pessoa, como me livrar de tal situação... E era meu última dia lá. Não que eu não fosse voltar pra lá. Eu iria voltar pra cá e eu fiquei triste. Aqui era ao mesmo tempo minha fonte de saudades e minha fonte de tortura. E nem é tudo assim tão dramático, eu é que faço rebuliço. Pois em todos os lugares haverá situações chatas, difíceis, constrangedoras. Em todos os lugares haverá pessoas chatas, indiferentes, falsas. E eu estarei neles. E esses desafetos eu ignorarei. E se eu não disser pra mim mesma agora que isso é bem simples e fazer... não há motivos pra isso.
Agora que eu vou embora (êêê!!!), estou fazendo uma limpa. No meu quarto: apostilas, provas (desde a quinta série eu tinha provas guardadas, só deixei meus desenhos da pré-escola), revistas, livros didáticos, maquiagens velhas, embalagens e caixas de tudo o que tu podes imaginar, enfeites inúteis, canetas velhas, agendas, frascos vazios, roupas que eu nunca usei e com muitas certeza digo que nunca as usarei, e mais um monte de tralha. Como eu guardo tralha. Minha vó não se desapega a nada, é dela que eu puxei isso. Agora com a época de natal ela resolveu enjoar do pinheirinho dela (que convenhamos, faz uns 25 anos que é o mesmo) e comprar outro. Então minha mãe teve a feliz idéia de sugerir que o dinheiro gasto do pinheirinho ela desse pra nós (eu e minha irmã), e que minha mãe dava o pinheirinho nosso pra ela. E minha vó topou. Mas minha mãe só dá o pinheirinho se minha vó der o dela pra alguém. É um começo. Eu acho. (dias mais tarde minha vó liga pra minha mãe e diz que vai ficar com o pinheirinho dela. tsc tsc)
Eu vim aqui ver se eu já tinha postado aquele texto sobre o filho do fabio jr. Desgraça. Já sim. Mas pra dá continuação, eu baixei um monte de música da hori. Falta algo, não parece pra vocês? Não são muito boas as letras.. Mas minha mãe disse que isso não interessa. Ele não precisa saber cantar sendo filho do fabio jr. Eu acho na minha humilde opinião que ele atua melhor que compõe. Mas daqui a pouco eu vou ser linchada se eu não parar de falar dele.

domingo, dezembro 06, 2009

Devaneios alongados parte II

Lá eu ia, descendo a rua, ouvindo meu reggae bem feliz na vibe e de repente, me aparece uma mulher, mais um mulher e uma criança. A primeira mulher me chama: MOÇA! Eu olho: ÃHM?! Ela fala: Tu onde fica a Receita Federal? E eu no ‘nooo, no woman nooo cryyyyy’, respondo: MEU DEUS!!! NÃO SEI!!!! A mulher olha pra segunda mulher e fala: me disseram que era por aqui... E eu já colocando os fones nos ouvidos novamente: err, sei não, foi mal. Chegando em casa: ‘mãe, onde fica a Receita Federal? E minha mãe responde: ‘ali naquela rua, atrás do não sei o que. ’ Exatamente a uma virada de esquina de onde eu e as mulheres estávamos.
Uma vez, meu professor nos falou que certa empresa pedia na entrevista de emprego quais foram os 10 últimos livros que o candidato à vaga tinha lido. Eu não lembro se tinha um tempo de espaço determinado. Mas comecei então, eu, uma listinha. Até porque, como eu já li em algum lugar, mulheres amam fazer listinhas. Se não me engano, comecei essa lista em agosto desse ano.
- O amuleto – Nora Roberts
- Incidente em Antares – Erico Veríssimo
- A Cabana – William P. Young
- O outro lado da meia-noite – Sidney Sheldon
- Lembranças da meia-noite – Sidney Sheldon
- O doce veneno do escorpião – Bruna Surfistinha
- O jogo do Anjo – Carlos Ruiz Zafón
- Harry Potter e o Enigma do Príncipe – J.K. Rowling (eu não li todo, só peguei pra ler de novo porque eu fui assistir o filme e não lembrava de nada).
- O pagador de promessas – Dias Gomes
- O homem que calculava – Malba Tahan
- O Jogo - a Bíblia da Sedução - Neil Strauss
- Amor é prosa, sexo é poesia – Arnaldo Jabor
- Um certo Capitão Rodrigo – Erico Veríssimo
- O livro dos abraços – Eduardo Galeano
Eu sei que já passou dos 10, e tem mais, mas eu não anoto e acabo esquecendo. Nesse momento estou lendo Sexus, de Henry Miller e Big Loira e outras histórias de NY, de Dorothy Parker.
Faça aula Body Attack depois de uma aula de hipertrofia de Body Local. Faça uma aula de attack passando fome e até os pentelhos tremendo de fadiga. Ganhe rabicó e suquinho no final da aula. Chute, pule, corra ao som de Gaga, Brit, Katy Perry, Fratellis e se alongue ao som de Jason Mraz. Vá a Bertani Fitness Academia. Lá você é muito feliz.
Hoje foi a primeira vez que eu fiz o almoço sozinha. Os horários mudaram e agora é 13:12 e ninguém chegou em casa ainda pra comer. Eu tive que fazer o arroz, fritar batatas, cozinhar ovos. Saiu tudo errado. Primeira remessa de batata-frita saiu crua. Fiquei com tanta raiva que comi tudo enquanto cozinhava o resto do almoço. Os ovos, também ficaram crus. Então quando eu fui tirar a casca, a gema meio que.. escorreu. Pois tive a feliz idéia de colocá-los no microondas. Enquanto cuidava o arroz que tava grudando no fundo, mas ainda parecia meio aguado algo explodiu, e eu desliguei a panela do arroz rapidamente. Fui até o micro e EBA, tinha gema de ovo grudada por todos os lados. Limpei a bosta do microondas e ao voltar ao fogão, percebi que eu tinha desligado a panela errada. Ao invés de desligar a do arroz, eu desliguei a do trigo que eu tava cozinhando pra fazer salada. No final de tudo, eu tinha comido a primeira remessa de batata-frita inteira, a segunda remessa ficou do jeitinho que eu gosto, bem sequinha e não mole, mas eu não pude comer nenhuma!!! Desliguei o trigo sem estar pronto, eu não sei em o que aquele arroz virou e eu decidi não almoçar (fora as batatas...) de tão frustrada que eu estou. Agora é 13:20 e ninguém chegou. Ódio. Eu fiquei uma hora inteira de pé na cozinha pra ficar tudo ruim. A minha idéia de fazer algo doce de tarde já não existe mais. Agora ouço a empregada da vizinha batendo a louça enquanto a lava e há, hoje não vai ser eu quem vai colocar a porra da merda da louça da máquina pra lavar. Me esqueçam. (25/11) Todo mundo gostou do meu almoço. As batatinhas-fritas estavam impecáveis. Eu imagino... (30/11)
Quando não fazemos nada o dia inteiro ficamos suscetíveis a gostar de coisas esdrúxulas. Não citarei o que minha irmã começou a gostar, porque, Deus, a lista é grande. Mas de mim: o Bernardo da Malhação. Sim, ele é lindo. Ele é muito lindo. E bem feito pra mim, desocupada do carai que foi senta na frente da tv justo na hora dessa porra de programa Malhação que agora conta minutos pra bosta do programa começar para ver o Bernardo e ainda soltar comentários do tipo, quando termina: mas já????! Ele nem apareceu direito hoje! =~~~~(. Isso ai, gente, eu sempre achei que nas minhas férias eu sempre fiz um progresso muito grande. E eu já to indo no google procurar como é o nome do dito Bernardo, porque eu sempre perco a vinheta de início ou então fico vendo ele canta ridiculamente e não olho pro nome dele. Só a academia pra me salvar no horário da malhação, porque ta difícil. Eu fui ao google, e carai, que foda ser famoso. Dentro da minha concepção de vida, eu acho que quando nós ficamos famosos, nós excluímos os blogs e afins que tínhamos aos 15 anos de idade, né? O google acha quando alguém (eu?) procura. E ser filho do Fabio Jr. Bá cara, acho que não te amo mais. To no teu twitter agora. Ahahaha
O assunto era: gays. Foi pra: piá que já foi pra Disney é gay. Eu falo: eu já peguei dois meninos que já foram pra Disney. Quem: Ah, não falo nem a pau. Hoje: entrei no profile de um menino e o segundo álbum dele era: Disney!!! Agora: que sina =(