Mostrando postagens com marcador martha medeiros. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador martha medeiros. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, outubro 27, 2011

É assim mesmo...


Sentir-se amado 

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. “Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho”.
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água. “Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato.”
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.”

Martha Medeiros

domingo, maio 22, 2011

Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. (Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos... Me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar... experimente me amar!
'Martha Medeiros

segunda-feira, maio 16, 2011

Devaneios parte XXXII


You’re the ketchup to my fries.
É assim, quando você é grosso ou indiferente, seja qual lá for o motivo (stress, cansaço, dor de barriga), ela vai se magoar. Ela vai achar que é por culpa dela. Ela que fez algo errado. Mas não foi isso. Ela vai procurar algo que não existe. Porque ela ama o cara que foi grosso ou indiferente com ela. Assim são as crises. Cada um prum lado.
E alguém algum dia precisar, quiser derrubar um muro, me chama. Sempre quis dar marretadas em muro.
Aqui em casa tem que bordar o nomezinho nas meias. Parece que não sabem o que cada coisa pertence a cada um.
É a primeira vez que tô viajando com o zíper de expansão da mala fechado. Na verdade dentro dela, só tem duas blusas e duas meias.
"Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são."
Sempre vi meu sábado passar num piscar de olhos. Nunca um sábado se arrastou assim como um domingo.
Minhas lágrimas mancham minhas roupas.
Ô vida insana!
Não é tu que não tenta, EU é que não dou chance.
Ontem antes de dormir, rebobinei a fita há uns quatro anos atrás e me caiu uma ficha, daquelas que assim, ó deus. Não permita que seja a mesma pessoa. Bebida é coisa do demônio. Obra do tinhoso. Não é coincidência, ó deus.
As pessoas acham que eu quero algo com elas. Nasci pra ser autossuficiente.
Eu me entrego. Se você acha que não vai conseguir, nem cogite chegar perto.
Eu tô com uma intolerância ortográfica hoje.
E pode ter certeza que dessa calmaria, coisa boa não sai.
“Quem acende uma luz, é o primeiro a iluminar-se”.
Hoje sentei do lado de uma menina no bus. Quando olhei pra meia-calça dela quase dei um pulo no banco. Como tem gente que tem mau gosto.
Cara, tu escolhamba o quanto tu quer tua vida, agora não interfere na minha.
Tem umas noites que eu vou dormir tão encucada com tudo que eu começo a pensar coisa do tipo, porque usar argolas nas orelhas? Brincos em formatos de estrelas?
Vou pra cama mais cedo pra ficar imaginando nós juntos.
Então adivinhe se meu sorriso foi um sim.
Fiz um comentário maldoso do menino do bus, bati a mão na boca e disse: tudo que vai volta. Deu dois minutos percebi que a manga do meu casaco estava com um buraco.
Hoje eu rasguei dois passes de bus, rasguei o casaco, derrubei farofa na mesa, derrubei a cafeteira com café fervente e pó por tudo – inclusive na minha mão linda -, me engasguei com a farofa, com o arroz, entrei na sala errada da academia. Hoje foi tudo bem.
"Se a sociedade não fosse viciada em hipocrisia, a infidelidade seria institucionalizada, você não acha?!" (Martha Medeiros)
Meia de algodão com escarpim – ATÉ QUANDO?
Preciso mudar de ares, há muitos gatinhos longe do meu bloco.
Tenho uma amiga com a maior cara de cu. Enxerga ela em várias pessoas.
Amiga é isso: Fabi inclinou a cabeça pro lado, olhou bem pra mim e falou: Bruninha, você precisa cortar as pontinhas. Hoje ela percebeu que eu tinha cortado.
Meu mp3 + fone vermelho são uma maravilha pra andar de bus. Cada lombada é uma entonação diferente na música.
Louca de pedra, mais louca que o batman, louca do cu, fora da casinha, mais louca que minha vó de bike (algo mais?). Tô me sentindo assim.
Não aguento essas velhas baranga que quando tu entra na academia começam a gritar: tu é magra, que que tu tá fazendo aqui, tu vai desaparecer. Porra, tô só tentando não ficar que nem tu.
“Eu sou responsável pelo o que eu falo, não pelo o que você entende.” 
Conquista pra você: você nunca mais vai me ter!
Sobrevivi uma semana. Quero sobreviver a vida inteira se for pra ser assim.
Me deixa livre! Eu não luto tanto pelas minhas asas pra você vir e prendê-las.
Eu tô pedalando, morrendo, ser ar, com as pernas explodindo e o professor grita: MAIS 30 SEGUNDOS! Aí eu penso, ok se eu sobrevivo esperando tua resposta no msn por 60 segundos, dá tranquilo mais 30 segundos aqui.
Sabe o que? Eu tava de boa. Entre umas e outras e tantas outras tava sossegada. Aí tu apareceu e tirou de mim o sossego. Simples né?
Poderia te escrever uma carta. Começaria talvez assim: continua a mesma. A mesma que tu conheceu há tantos anos. Estou bem diferente. Expandi ainda mais. Encolhi ainda mais.
Agora que entrou na minha vida vê se faz direito!
Essa história de que a parte mais legal do dia é quando eu falo com você, é verdade.
Minha irmã não é minha secretária. Se você quer saber como estou, feliz, triste, brava, bem ou mal comida pode vir falar comigo. Tenho três e-mails, perfil no facebook, orkut, twitter, blog, pode olhar aqui ó: http://lookmeup.at/bruni

terça-feira, maio 10, 2011

"O antes e o depois são apenas figuração: durante é que o desejo é real, que as pernas tremem, que o coração dispara, que o abraço ainda está quente. A vida é breve e só existe este instante." 

terça-feira, abril 05, 2011

"Somos todos virgens, Lopes. Virgens antes do primeiro beijo, antes do primeiro dia em que andamos de táxi sozinhos, antes do primeiro emprego. Quem morre sem nunca ter ido a Veneza, sem nunca ter tido filho, sem nunca ter amado, morre virgem igual, mesmo tento transando com a cidade inteira. Somos sempre virgens de alguma coisa que ainda não nos aconteceu."
                                                                                                                                      Divã' Martha Medeiros

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Dezoito anos

Quando estou com meus pais me permito ser criança. Eles que pagam. No restaurante, no shopping, no bar, no táxi, pra fechar a casa. Responsabilidade deles. Não é egoísmo. Não é que não ajudo. Mas cansa ficar atenta a tudo e a todos o tempo todo. Se o cartão de crédito passou , se o troco tá certo, se as janelas estão fechadas, o alarme do carro ligado. Não quero mais ser independente, não quero ser adulta. Não quero ter juízo. Quero dizer pra sempre ‘e daí?’ Sou adulta porque tenho 18 anos na cara? O escambau. Meu quarto é rosa, tenho bonecas na cama, gosto de tudo que é colorido e que brilha. Mas abandonei meus all star e minhas blusas estampadas.
Só não quero essa cobrança toda.


“Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se se segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila.  Depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila pó uma Sansonite e não precisa de autorização de ninguém para assistir o canal da playboy.”  (Martha Medeiros in: Trem-bala)
“Crescer custa, demora, esfola, mas compensa. É uma vitória secreta, sem testemunhas. O adversário somos nós mesmos.” (Martha Medeiros)
“As mulheres tem problemas com a idade; todas – e em qualquer idade. Aos 18 elas se acham velhas, aos 22, caquéticas e, aos 30, mesmo as que nunca ouviram falar de Balzac, acabadas. E assim vão sofrendo por um tempo que não volta mais.” (Danuza Leão. O melhor momento, in: As aparências enganam)
“…porque já tenho dezessete anos, quase dezoito, e nenhuma vergonha na cara, meu sargento, nenhum amigo, só esta tontura seca de estar começando a viver, um monte de coisas que eu não entendo, todas as manhãs meu sargento, para todo o sempre, amém.” (Caio Fernando Abreu. Sargento Garcia, in: Morangos Mofados)

P.S.:  fiz 18 anos no dia 9 desse mês. Sinto-me velha.

domingo, novembro 07, 2010

Pode ser que ele me ame. Queria. Queria muito. Sei que é sacanagem desejar que ele sinta um amor que não retribuo, mas eu ficaria envaidecia se conquistasse profundamente uma relação sem futuro, onde nada precisa se administrado, pode revelar todas nossas obsessões. 
'Martha Medeiros

quinta-feira, setembro 30, 2010

Quebrados parte três

"Sou eu quem fica até tarde, ela é o verbo de vontade..”
“Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse: ‘Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos.’

O que seria da tua beleza Se eu fechasse os meus olhos pra você O que adiantaria essa tua ideologia Se tua própria liberdade se transformasse em opressão Escute o meu silêncio Talvez você nem tenha percebido Que eu te quis também Se ao menos eu pudesse te mostrar Que o inferno são os outros Você não quis me escutar E o tempo não parou Vou sair pra ver o sol Vou mentir e dizer que eu não sou feliz Vou sair pra ver o sol Deixo a porta aberta se quiser voltar Mas saiba que eu também consigo viver só A solidão que me ensinou a ser mais forte e a qualquer lugar eu vou sem medo
O Inferno São Os Outros ’Detonautas Roque Clube

Todo dia a insônia Me convence que o céu Faz tudo ficar infinito E que a solidão É pretensão de quem fica Escondido, fazendo fita Todo dia tem a hora da sessão coruja Só entende quem namora Agora vam'bora Estamos, meu bem, por um triz Pro dia nascer feliz Pro dia nascer feliz O mundo acordar E a gente dormir Pro dia nascer feliz Essa é a vida que eu quis O mundo inteiro acordar E a gente dormir Todo dia é dia E tudo em nome do amor Essa é a vida que eu quis Procurando vaga Uma hora aqui, outra ali No vai-e-vem dos teus quadris Nadando contra a corrente Só pra exercitar Todo o músculo que sente Me dê de presente o teu bis Pro dia nascer feliz Pro dia nascer feliz O mundo inteiro acordar E a gente dormir, dormir Pro dia nascer feliz Essa é a vida que eu quis O mundo inteiro acordar E a gente dormir
Pro Dia Nascer Feliz - Frejat/Cazuza 

“Não senti onda por ti, não senti
Nem o menor apetite
Não senti o tremelique
Senti
Não me deu onda por ti
Não vivi
Não senti frenesi
Nem o menor apetite
Não senti tremelique
Senti”
‘Zélia Duncan

“(...) a incompreensão das outras crinaças, em geral cruéis e limitadas com as quais eu não podia tanto, almejar qualquer cumplicidade, numa indiferança que se prolongou até o final da minha adolescência, quando compreendi que era melhor aparentar saber menos que os outros, tudo aceitar, fazendo ar de idiota.” – Lolita Pille

“(...) ela deixa as pessoas de tal forma obcecadas que se torna palpável... FUCK ME I’M FAMOUS!!!” – Lolita Pille

“Ela de tênis, de tênis, de tênis de shortinho, e eu pedindo, pedindo, pedindo um beijinho...”
“Esse mar me seduz. Mas é só pra me afogar.”

“Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro de sua vida, numa determinada época, ele foi aquilo de que você precisava naquele momento” Deepak Chopra

Não é todo dia que temos fôlego para questionar o que fizemos de nossa vida até aqui e qual o rumo que realmente queremos dar a ela. /ailin Aleixo

"Uma pessoa olhando para um celular que não toca - não há cena mais idiota. Os celulares foram justamente inventados para que ninguém precise mais ficar aguardando uma ligação ao lado do telefone." - Fernanda Young

“A verdade é que as primeiras mudanças são tão lentas que mal se notam, e a gente continua se vendo por dentro como sempre foi, mas de fora os outros reparam.”
Memórias de minhas putas tristes – Gabriel García Márquez.

“É quase impossível às pessoas que foram íntimas voltarem a um relacionamento formal.” Mentiras no divã - Irvin D. Yalom
“Haverá um dia com neve no inferno antes que eles voltassem a ver seus netos.”
4 sentimentos principais: bad, mad, glad, sad.

As coisas muito boas e as coisas muito ruins exigem uma explicação, coisas mais ou menos estão explicadas por si mesmas. – Martha Medeiros

quarta-feira, julho 28, 2010

"A gente nunca fica satisfeita com os desfechos de nossos relacionamentos: se não conseguimos esquecer alguém, sofremos. Se conseguimos, lamentamos o quão pueril tornou-se o passado. Acho que agora compreendo quando, ao subir uma montanha muito alta e muito íngreme, recomendam que a gente não olhe para baixo.
– Vertigens."

'Martha Medeiros

domingo, fevereiro 28, 2010

Confuso pra mim também

1. Quem eu sou: quieta no início, aberta demais no final.
2. Minha idade é: 17 anos.
3. Nasci em: Erechim – RS.
4. Meu signo é: Sagitário.
5. Tenho medo de: aranha, solidão.
6. Eu faço, atuo, trabalho em: estudo.
7. Jamais trabalharia com: CONTABILIDADE!!!
8. Meu(s) guru(s) é(são): Clarice Lispector.
9. Um elogia que gostaria de receber: ‘como tu és tranqüila!’
10. Uma qualidade que admira: serenidade.
11. Eu quero ser: profissional, feliz (...)
12. Uma palavra que eu gosto: saudade.
13. O que mais me gratifica, me deixa feliz: ter plena satisfação no que eu faço.
14. Meu sonho é: conhecer todos os lugares possíveis e impossíveis do mundo. E do Universo.
Dinâmica da aula da Baby’

1. O que você mais gosta de fazer: fotografar
2. O que você mais odeia fazer: pegar praiana
3. Qual sua música preferida: Hotel California
4. Qual seu filme preferido: Simplesmente Amor
5. Qual seu passeio preferido: ir à praia
6. Seu maior defeito: preocupada demais
7. Sua maior qualidade: fidelidade
8. O que você mais admira nos outros: autoconfiança
9. Qual seu sonho: viajar pelo mundo
10. Quem você admira: (não respondi)
(...)
Dinâmica da aula do Osmundo e da Ediene’

“Por um lado, me sinto como as outras pessoas, por outro, sou exatamente como elas. Me inquieta essa aparência, é como se todos os meus conflitos internos passassem a ser publicados diariamente nas revistas femininas, e eu rejeito essa banalização, não quero meus conflitos expostos, quero mantê-los lá no fundo, eles não precisam emergir, sou eu que preciso mergulhar e, com a parte de mim que não respira, não ventila. Vim saber se tenho fôlego pra tanto.” ‘Martha Medeiros – Divã

domingo, julho 12, 2009

Gemidos, grunhidos – suspiros

‘Causa justa. Uns falam sobre Michael Jackson. Outros falam: “Meu problema é eu mesmo.” E outros jogam xadrez. Um está lendo Quando Nietzsche Chorou e me dá muita vontade de ler o livro também. Enquanto tenho fome, escrevo. O dia está chuvoso e de novo penso ser bipolar. Mas já que todos negam não posso dizer convicta. Eu falei pra ela: é irônico eu te falar isso, porque eu me sinto igual (pensando no que eu falaria serviria pra mim também) e serviu. Momentaneamente. Minha ‘tristeza’ não é isso. Não é sozinha que me sinto. É sozinha que quero ficar. Pensar com meus botões – aliás, onde estão os meus botões...? – Eu tenho os perdido com frequência. ‘Espera, eu quero falar contigo.’ Não dá. Eu respirei fundo e coloquei um sorriso na cara. Eu me chateio? ‘Eu acho que a gente fala demais dos problemas dos outros’ – ouvi agora. Minha opinião se difere. Eu penso demais em mim mesma, mesmo. EUEUEUEUEU, mil vezes eu. Minha irmã leu pra mim esse texto da Clarice ontem: “Mas há alguma coisa a ser dita, é preciso ser dita. –Vou te dizer o que eu nunca te disse antes, talvez seja isso o que está faltando: ter dito. Se eu não disse, não foi por avareza de dizer, nem por minha mudez de barata que tem mais olhos que boca. Se eu não disse é porque não sabia que sabia – mas agora sei. Vou te dizer que eu te amo. Sei que te disse isso antes, e que também era verdade quando te disse, mas é que só agora estou realmente dizendo. Estou precisando dizer antes que eu... (...) não preciso desta carta de condenado numa cela. –Não, não quero te dar o susto do meu amor. Se te assustares comigo, eu me assustarei comigo. Não tenhas medo da dor. (...) A Paixão Segundo GH. E hoje cedo eu estava tendo surtos ora de tristeza ora de euforia e me mandaram ler A Tristeza Permitida da Martha Medeiros. E ler o texto me fez sentir pior. Eu enjoada, tonta nesse mundo sujo. E aonde está você, que não vem me ver...? Paramos de ser reclamões (eu paro de ser). Agora me deu vontade de ser feliz – de viver – e eu aqui! (falhou o meu plano de felicidade).

A tristeza permitida - Martha Medeiros

SE EU DISSER PRA VOCÊ QUE HOJE acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que normalmente faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair para compras e reuniões — se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem para sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como? Você vai dizer "te anima" e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer para eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra. Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra. A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro da nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido. Depressão é coisa muito mais séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou com si mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente — as razões têm essa mania de serem discretas. "Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago de razão/ eu ando tão down...". Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. "Não quero te ver triste assim", sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar o seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinicius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia. Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip hop, e nem por isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, anunciando o fim de mais uma dor — até que venha a próxima, normais que somos.

domingo, março 29, 2009

"Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam ao concordar e, quando discordam pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam." Martha Medeiros

sábado, outubro 25, 2008

Parece estar certo

Eu pensei agora: apesar de eu axar que ia dar tudo errado (e em parte, deu) e que todos pensaram que não ia dar certo, e terem caçoado, foi bom. Só eu sei o que eu aproveitei nisso tudo. Foi um pedaço de vida, certo? Foi loucura. Sei que foi, que está sendo. Dessa vez é. Foi ótimo. E parece que terá mais. OBA :B

Martha Medeiros mais uma vez:
"O cara não pedia licença, ia entrando com língua e dedos: o resto eu continha com o que me sobrava de juízo. Sofria e gozava, sofria e adorava, sofria e queria mais. Nem risco de assalto, nem flagra do pai, nada nos detinha no escuro daquelas ruas que ficavam perto de casa. Minha franja grudava na testa, eu sempre perdia um brinco, não sentia mais meu sutiã. Ele repetia meu nome mil vezes me chamava de gostosa, me lambia, mordia, deixava marcas que no dia seguinte eu teria que tapar com gola rulê, Deus permitisse que fizesse frio. Não foi meu primeiro namorado, mas foi o primeiro tarado."
hahaha

P.S.: Não tem 'Obrigado pela compreesão!' porra nehuma MSN. Obrigado pela compreensão digo eu, que tava no maior papo e tu resolve não conectar mais.

sábado, agosto 16, 2008

Laranjas e um zíper

Sabe de uma coisa? eu adoro os pedaços de frutas que colocam dentro das geléias. A Nathi não gosta mas eu só como eles.
-
Fazer mercado com o zíper aberto. Maravilhoso, ainda mais em cidade pequena em que reparam em tudo, inclusive no que não deveriam.
-
Thuane, graças a você, que ainda não compro meus palitinhos de comida japonesa, eu tenho treinado com palitinhos de churrasco, e olha, vo te dizer: não é nada confortável.
-
-Mãe, compra laranja pra mim?
-Hm, mas só TU vai comer.
-Cooompra.
-Tá...
No outro dia volto pra casa, feliz feliz que ia comer laranja.
-Cadê as laranja????
-Comi – responde meu pai.
-As TRÊS?
-duas, uma tava podre.
Mimimimi, sem laranja.
-
gente, hoje o msn tá me dando nos nervos. que porcaria que fecha, assim do nada! três vezes, TRÊS!
Aí minha mãe chega e fala que quer conversar com minha irmã pelo msn.
-mas mãe, caiu! caiu o msn...
(...)
-ali, bruna, ali no chão. -diz meu pai
-o quê?
-tu não falo que caiu? ali no chão! HAHAHA
-pft


'Cada pessoa tece a sua própria versão dos fatos. Cada um de nós tem uma maneira particular de perceber as coisas e há diversos graus de intensidade no sentir, o que torna absolutamente infrutífera essa perseguição pelo senso comum. Mesmo tendo uma escala de valores semelhante, ninguém sente coisa alguma da mesma forma.'
Divã-Martha Medeiros

sábado, junho 21, 2008

sem nada

"Para onde vai tudo o que a gente pensa e reprime, tudo o que a gente ouve estoca, tudo o que a gente lê e compreende, tudo o que a gente vê e não toca? Para onde vão as idéias que a gente consome e os sentimentos que nos envergonham? Vida interior. Nem mil anos bastariam para eu assimilar tudo o que sinto e acomodar toda essa trupe em mim."
Divã' Martha Medeiros
Oba, oba, simulado essa semana. To super empolgada, sabe como é né, frio e estudar. Amo.