sábado, julho 25, 2009

Don't ask me how or why

Eu sei lá o que a gente espera, ou o que a gente deve esperar. Uma coisa é certa. 'Não espere de ti menos do que tu já fizeste até hoje.' Eu nunca, jamais, gostei de guardar conversas de msn. Por quê? Porque eu leio depois e remôo tudo. O que eu poderia ter dito, o que eu de fato disse (devendo ou não), enfim, isso é o de menos, o pior é quando acontece isso que aconteceu hoje. O computador velho veio pro meu quarto, por insistência minha, assim eu ficaria lendo/escrevendo meus textos no meu quarto a hora que eu quisesse. Até porque esse computador só serve pra isso. Pra ele não ficar tão carregado excluí várias coisas. Entre elas Meus registros do msn plus do ano passado. E quanto choro lendo aquilo. Eu sabia que eu não tinha que abrir aquilo, mas a curiosidade foi maior. Vivi intensamente todas aquelas conversas. Quanta coisa mudou. Sempre que olho para trás penso no quanto eu era inocente. E inevitavelmente o quanto sou agora, quando lerei esse texto num tempo que ainda virá. Ouvindo Nickelback e todas as músicas mui velhas perdidas nesse computador eu digito triste, eu queria mudar, sabe? Mas ao mesmo tempo trazer pro presente tudo aquilo tão gostoso vivido. Agora eu sei que os momentos a gente deve viver ao máximo. E percebo que tirei tudo o que tinha pra tirar. Tanto choro convulsivo só deu vontade de abraçar quem eu amo.
E aquelas outras conversas? Bom, naquelas eu só percebi que foi mesmo muito bom ter acabado, sendo do jeito que acabou. Fazia tempo que eu não chorava. - mas quantas vezes minha dor foi traduzida em palavras ao invés de lágrimas? Eu acho que choro todos os dias mesmo. Mesmo tremendo, eu excluí todas as conversas. Descobri mais algumas coisas indescubríveis. Aquelas que se descobrem nos atos, nas palavras, nos gestos - e nos olhares. Podridão - de novo. Agora, tentarei dar um abraço no que eu amo. (...)
Eu não sinto falta de meus vícios. Do jump, de fumar, beber, sexo, ou de amigas. Nem de comer. Eu sinto falta daquele carinho todo. Aquilo tudo que acabou com a gente deixando as malas dentro do táxi. Aquilo era o fim e nem percebi. O colchão, os entulhos, panelas, tudo lá num canto da casa de uma ‘amiga’. Eu sinto falta da falta que tu me fazia. De olhar pro armário e não ver mais tua caneca de café lá. Eu sinto falta de entrar no teu quarto, arrumar a tua mesa pra que quando tu chegasse tivesse uma surpresa. De quando eu te visse na rodoviária eu te desse um abraço da mais sincera e pura saudade. De ver teu rosto com um sorriso de ai meu deus, a normalidade. De eu chegar num lugar totalmente desconhecido, sozinha, esperando temerosa que teu táxi viesse pra me buscar. Eu te ver, magrinha, magrinha, toda 'independente' mandando o taxista ir naquela rua,' vai por ali que é mais perto'. Eu toda boba, andando, cuidando de tudo e todos ao meu redor, mas ao mesmo tempo perdida, num mundo tão bonito e irreal. Eu queria ouvir aquela porta batendo forte de novo. Eu queria que o cachorro da vizinha que tem um monumento de filho, e que te trova, viesse acudir no meu ouvido. Eu queria ir até o Big mais de mil vezes contigo. Segurar tua mão pra mais quantos piercing tu quiser por. Te esperar na cadeira da praça de alimentação enquanto tu tira dinheiro pra pagar o sorvete. Eu quero cortar caminho pelo estacionamento do shopping. Eu quero comer ioiô e torradinha no café, broto e vinagre no almoço e ainda morrer de fome e comprar crepe de camarão. Eu quero mais fotos do provador da Renner. Mais correria na Riachuelo. Eu te quero de volta, feliz daquele jeito. Preocupada, mas confiante. Segura do meu amor incondicional por ti. Por favor... eu sinto tanta a falta de ti.

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