domingo, julho 12, 2009

Gemidos, grunhidos – suspiros

‘Causa justa. Uns falam sobre Michael Jackson. Outros falam: “Meu problema é eu mesmo.” E outros jogam xadrez. Um está lendo Quando Nietzsche Chorou e me dá muita vontade de ler o livro também. Enquanto tenho fome, escrevo. O dia está chuvoso e de novo penso ser bipolar. Mas já que todos negam não posso dizer convicta. Eu falei pra ela: é irônico eu te falar isso, porque eu me sinto igual (pensando no que eu falaria serviria pra mim também) e serviu. Momentaneamente. Minha ‘tristeza’ não é isso. Não é sozinha que me sinto. É sozinha que quero ficar. Pensar com meus botões – aliás, onde estão os meus botões...? – Eu tenho os perdido com frequência. ‘Espera, eu quero falar contigo.’ Não dá. Eu respirei fundo e coloquei um sorriso na cara. Eu me chateio? ‘Eu acho que a gente fala demais dos problemas dos outros’ – ouvi agora. Minha opinião se difere. Eu penso demais em mim mesma, mesmo. EUEUEUEUEU, mil vezes eu. Minha irmã leu pra mim esse texto da Clarice ontem: “Mas há alguma coisa a ser dita, é preciso ser dita. –Vou te dizer o que eu nunca te disse antes, talvez seja isso o que está faltando: ter dito. Se eu não disse, não foi por avareza de dizer, nem por minha mudez de barata que tem mais olhos que boca. Se eu não disse é porque não sabia que sabia – mas agora sei. Vou te dizer que eu te amo. Sei que te disse isso antes, e que também era verdade quando te disse, mas é que só agora estou realmente dizendo. Estou precisando dizer antes que eu... (...) não preciso desta carta de condenado numa cela. –Não, não quero te dar o susto do meu amor. Se te assustares comigo, eu me assustarei comigo. Não tenhas medo da dor. (...) A Paixão Segundo GH. E hoje cedo eu estava tendo surtos ora de tristeza ora de euforia e me mandaram ler A Tristeza Permitida da Martha Medeiros. E ler o texto me fez sentir pior. Eu enjoada, tonta nesse mundo sujo. E aonde está você, que não vem me ver...? Paramos de ser reclamões (eu paro de ser). Agora me deu vontade de ser feliz – de viver – e eu aqui! (falhou o meu plano de felicidade).

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