segunda-feira, abril 04, 2011

Quando penso que vou ficar quieta, que devo agir não agindo. Que quanto menos eu falar, que quanto mais eu sussurrar. Que quanto mais eu viver vivendo. Que tenho que ir. Que tenho que fazer. Faço tudo ao contrário. Quero dançar o que passo. Quero meu drama em outro molde. Quero sentir forte. Quero respirar e cheirar. Minha angústia de ver minha vida e só. Qual a minha estampa? Qual o meu limite? Já não chegou? Eu toda aqui esperta. Gente esperta ri. Eu choro. Choro rindo. Choro amando. Choro fodendo. Choro por mim. Não tem mais ninguém na parada. Tem eu. Eu não sendo ninguém. Eu tendo um corpo. Esquecendo a alma. Esquecendo meu propósito. O que posso ser? Disso não posso mais. Quero não tenho vontade. Quero não tenho ânimo. Tô vendo tudo passar. Sem empenho nenhum. Não tem essas histórias de amor próprio. Tem que eu tô nem aí pra mim. Que tudo sem sentido. Não procuro mais.

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