quarta-feira, junho 15, 2011

Devaneios parte XXXIII

Quando pensei em ir dormir, minha mãe entrou no msn. Quando pensei em ir dormir, resolvi fazer a sombrancelha. Quando pensei em ir dormir fui pintar as unhas. Quando fui dormir veio um cara arrumar a janela da sala com uma furadeira. Porra.
Ando apertando o ESC com muita força.
E podem me chamar de autista, de que vivo no mundo da lua. Prefiro me perder nos meus pensamentos do que ouvir as merdas que vocês insistem em falar.
Eu falei: aí lembrei de ti... Não falei, aí eu só penso em ti.
Ela falava pra mim: cê gosta? Cê quer? E eu tinha como falar não?
Olha que isso tá se prolongando. Que cê quer?
Às vezes sinto que estou me apaixonando. Às vezes sinto que nem sequer te conheço. Às vezes nada. Às vezes tudo.
Do jeito que esse motorista faz a curva na atlântica qualquer dia desses o ônibus vai parar dentro da piscina no Marambaia.
Essa gente que te empurra quando tu sobe a escada do bus tem que mesmo é levar coice.
Quero te dizer que a tarde se arrasta sem você.
Prefiro que ninguém me conheça a todos me odiarem. O anonimato não faz mal a ninguém, já o ódio...
To pra ouvir um pagode, daqueles tipo: eu preciiiiso te veeeer pro meu foooogo acendeer, eu precisooo te amaaar pro meu mundo giraaaaar. Ui.
A criança reclama que eu balanço a mesa quando escrevo, mas ela pode por a mesa prédio abaixo teclando. Aí pode né.
Excitação causa amnesia?
Tche, esse vizinho do andar de cima usa tamanco de madeira???? Porra.
Por tanto tempo quis você por perto e você não fazia o mínimo esforço.
Movimentos contidos, corpo rígido, tão perto, respirando o mesmo ar. Desejos incontroláveis.
Quero saber o que muda. Quero saber que se o que eu temia, aconteceu. Eu também não sei o que temo. Temo que mude... mude algo que não consigo explicar aqui. Mude algo dentro de mim. É o encanto? Ainda te quero tanto... a expectativa acabou. O que eu espero agora é te ver mais vezes.
Eu ficava contigo e pensava: era aqui que queria estar. Era com você que queria ficar. Tu pensava no quê?
Pode ser que nós nunca mais no vemos. Pode ser que nos veremos pro resto da vida.
Números de celular eu tenho o suficiente! Eu quero ligações!
“Longe do centro onde brilham os grandes espíritos, onde a atmosfera é impregnada de ideias e onde tudo se renova, a instrução envelhece e o gosto se consome como água parada. Por falta de acontecimentos e atividade intelectual, as coisas pequenas tornam-se grandes. Essa é a razão pela qual a pobreza de espírito e a fofoca dominam nas cidades do interior.” Balzac

Nenhum comentário:

Postar um comentário