segunda-feira, outubro 05, 2015

Oi, onde tu tá?

Vejo tua testa entre outras pessoas. É você! Não, não é. Por que tu volta assim? Por que dedico tanto dos meus pensamentos a ti? Tua testa, teu cabelo liso, ralo, preto, formando o redemoinho, repartido pra esquerda. Tua risada sincera, teu abraço apertado, te amo, te amo, te amo. Teu último sorriso feliz para mim, teu último olhar que desviou de mim... Tento escrever sem perder o sentimento, mas o sentido já se perdeu. Desejo que meu pensamento seja descrito na velocidade que se desenrola na minha cabeça. Mas a ânsia eu já perdi e novamente me contento com o que nos trouxe até aqui. Com sua ausência. Me conta o que tu fez hoje. Me conta o que tu fez nesses anos. Eu escuto. Eu te ligo. Me ensina. Se permite.
Só fiquei com esse gosto amargo das palavras que não ditas se instalaram no fundo da boca. Esse gosto amargo que sinto quando sonho contigo e sei que tenho que reprimir. Perdão. Eu? Será eu a pedir perdão? Será esse o nosso ponto comum que nos afasta? Me fala.
Nosso desencaixe foi mútuo. Nossa desaprovação foi muda.  Me fala.

Queria que tu visse onde eu cheguei. E de onde tu chegou, nós nos encontraríamos e recomeçaríamos.

Poderia ter um marcador com o teu nome, mas tu sabe que é sobre ti. 

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