quarta-feira, outubro 29, 2008

“Possivelmente, a única coisa boa advinha desses pesadelos era que eles traziam ao quarto Hans Hubermann, seu novo papai, para acalmá-la, a acarinhá-la.
Ele ia todas as noites e se sentava com a menina. Nas primeiras duas vezes, só fez ficar com ela – um estranho para matar a solidão. Noites depois, sussurrou: - Pssiu, eu estou aqui, está tudo bem.
Passadas três semanas, abraçou-a. A confiança se acumulava depressa, graças sobretudo à força bruta de delicadeza do homem, a seu estar ali. Desde o começo, a menina soube que Hans Hubermann sempre aparecia no meio do grito e não iria embora.
·UMA DEFINIÇÃO NÃO ENCONTRADA· NO DICIONÁRIO
Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.”
A menina que roubava livros – Markus Zusak

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