sexta-feira, novembro 14, 2008

É a minha vez

Cansei de ser chata. De viver reclamando; e não por importunar os outros. Mas por ME chatear.
Me livrei dessa carga que estava levando. Dessa mala que carregava sentimentos sujos e sórdidos, da qual eu não gostava, mas também não me livrava. Larguei. Deixa para o acaso. Te cortei, te cortarei. Cortei todos. A vez é minha. Eu falo agora convicta. Calem a boca, que quem está se abrindo sou eu. Me aceitem. É desse jeito que eu sou agora. O que eu fui um dia já era. Esqueça que eu também esqueci. Posso ser ainda besta. Mas a insegurança não está mais do meu lado me puxando. Me fazendo retroceder. Progredi.
Me perdi e quero ser encontrada. Quero que alguém divida um pacotinho de Trident de menta comigo. O hálito momentaneamente fresco, mas que é quente. Que faz da boca uma louca que deseja abocanhar. Quero ser tomada, empurrada contra a parede. Uma forte puxada no cabelo que jogue minha cabeça para trás e faça os olhos girarem.
Esqueci o que pode estragar a vida. Eu não sou uma solteirona de 30 anos surtada. O momento é de se sentir. Eu, eu mesma e mais ninguém. Ou quem sabe alguém que acompanhe meu ritmo. Que não dance do meio jeito, mas sim que dance comigo. Está claro. Só eu que fiz que não vi. Meu deus, eu só pedi prum cara me abrir a porta e isso me fez ser notada. Antes eu era só uma comum. A que nunca se destacou no meio das tantas praquele cara. E que importância tem isso?
Me sentirei cansada daquilo que eu fiz e gostei de ter feito. Essa minha fadiga e os olhos fundos não me ajudam em nada. O sadismo havia me abandonado. Minha ironia dito tchau. O sorriso do que eu posso, voltou. Meu ácido também. A conjugação dos verbos agora é outra. Sabe se lá do futuro. Eu quero, e é agora. Me sinto livre, leve e solta, porque é isso que eu sou.

*
Hoje eu queria ter visto um filme daqueles de chorar litros e mais litros. Aí eu já aproveitava e chorava pelos meus próprios motivos e todo mundo achava que eu estava soluçando só pelo filme.

Um comentário:

  1. gente, hoje é dia quinze de novembro de 2008, feriado.
    o texto 'três metros e mais três coisas' foi publicado ontem, dia 14 de novembro de 2008.
    Entendeu também, seu blog BURRO??! ¬¬

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