segunda-feira, dezembro 15, 2008

Mãe?

Das coisas que eu também nunca vou entender
Em uma viagem, mais ou menos uma semana longe de casa:
-ah, e mãe, tu quer que eu leve presente?
-não! Não quero nada e volta logo pra casa que eu não aguento mais de saudade.
Em casa, desfazendo as malas:
-nossa, bruna, quanta coisa tu comprou.
-isso é pra fulana, aquilo é pra ciclana e o resto é tudo meu.
-aim, tu não trouxe nada pra mim?
-tu disse que não queria nada! Tu sabe que eu trago mesmo não pedindo, mas tu falou NÃO.
-ah, tá bom. – diz minha mãe visivelmente chateada.
Putz, sejamos diretos. Óbvio que tem gente que não gosta de ser pedinchão e coisa e tal, mas era minha mãe, qual é o problema de pedir? O máximo que vai dar é eu criar vergonha na cara um dia, mas por enquanto eu vou continuar a dizer:
-ou tu traz presente pra mim ou eu te mando de volta querida, beijos e boa viagem.
*
Piadas sem-graça (mesmo) da minha mãe
I.
-Mãe, eu to gripada. Unnnng
-Pega lá o remédio do Hári Potter.
-O O QUÊ?!
-Sim, o Griffenol, Grife sei lá o quê. O Hári Potter não é griffenol?
-(risos) sim, grifinória.

II. (no trânsito)
-Ai, cara sai da frente... Hmmmm, um careca. Vou te atropelar careca!
-?
-O que é uma ervilha rolando?
-??!
-É um careca sendo atropelado! HAHAHA

III. ( na rua, fofocando da vizinha que tinha uma loja de 1,99 que finalmente tinha largado do marido bêbado)
-Nossa, mas tu não lembra? O cara chegava e ele tava duro! – fala minha mãe, tentando imitar a cara de bêbado e caminhando dura.
-Ai, mãe, tu fica terrível bêbada. – aqui eu esperava um resposta amarga do tipo: tu também! mas:
-É, foi por isso que eu parei!
(vindo da minha mãe é algo realmente engraçado)

Uma que não é piada:
Mãe: Bom eu lembrar dessa lembrança, não é?
Eu: Lembrar a lembrança mãe? que redundância!
*
Minha mãe pegou um hábito nada agradável: assistir todas noites o programa Super Pop (??) da Luciana Gimenez. Outra noite não tinha ninguém nem nada menos que Carla Perez. Foi um programa revolucionário. Ou como diria a própria Carla: ‘um momento punk de minha vida’. Eu e minha mãe tivemos uma noite muito culta, acreditem.
*
-Credo, quem é essa Maysa?
-Ai, uma cantora. Eu adoro as músicas dela. – responde minha mãe.
-Nunca ouvi falar.
-Se matou.
-Drogas? – pergunto com desdém
-Sim. Todos que são bons se matam. (referindo-se ao Cazuza, Cássia Eller e mais uns trocentos que ela admira.)
-Daí que vem que vazo ruim não quebra. (referindo-se ao Latino, Carla Perez... não que eu quero que eles morram pelamordedeus, que ainda vão me meter processo que nem querem meter na Ana Maria Braga por ela ter falado que o ex-marido da Susana Viera mereceu o que teve.)
*
A amiga da minha mãe disse certa vez que vai chegar um momento na minha vida que terei que escolher entre eu entrar no meu quarto ou minhas coisas. Delas eu não me desfaço e de mim também não, que dilema.

P.S. Quanta besteira. (!)

Nenhum comentário:

Postar um comentário