sábado, agosto 22, 2009

Envelopei isso pra ti. Só não tenho coragem de entregar, tu não entenderias

Ok, ta tudo num declínio no lado de cá. Eu to com cara de dor de barriga a semana inteira, cara de cu, cara de sofrimento eterno. E to mesmo. Fui conversar sobre alguma matéria com alguma colega com quem nunca me dei bem e olhei pra cara dela. Olhei bem para cara dela. Ela tinha tantas olheiras quanto eu. Só que as delas eram roxas, porque ela tem a pele cara. Me concentrei nas olheiras dela e vi até vasinhos estourados debaixo do olho direito dela. Aí eu pensei, puta que o pariu, né. Acho que não sou só eu que não anda muito bem aqui dessa bosta de sala de aula. Aí eu pensei agora, melancolia é algo que me cai muito bom, mas já enjoei. Chega, chega. Chega.
P.S: deve ser realmente hilário ler meus posts cronologicamente. Desde o primeiro até agora eu continuo falando: CHEGA. Risos de mim.



A gente acaba se perdendo.
Não respirando mais sem sentir o cheiro do outro.
Não falando mais sem ouvir a voz do outro.
Não fechando mais os olhos sem ver o outro.
Não vivendo mais sem pensar no outro.
Nem dormindo sem sonhar com o outro.
Odiando quem recebe a atenção de quem queríamos estar recebendo.
Todos meus passos dou na esperança de cruzar contigo. Que tu me vejas. Notas-me, me sintas. E sintas falta. Necessidade. Saudade. Fico aqui, olhando pra ti e escrevendo. Tu ficas aí, olhando para ela e me esquecendo. É um punhado de areia que a maré não molhou. Eu não quis segurar quando pude por medo de a areia ficar grudada em mim. Mas no fim (fim?), fui eu que não quis largar. Agora, se tiver alguma pedrinha, por mínima que seja já é muito. Não saio pedindo perdão nessa história. Só me esforço para compreender tudo isso. O que ainda estava bom acabou de estragar. Adeus.

Concentra-se em mim. Olha-me e me enxerga. Eu já estou implorando, já cheguei ao limite. Por favor, não permita que eu sofra mais. Tua indiferença supera qualquer dor física. Eu já não suporto mais sofrer por algo que nem mesmo entendo ou sei que sinto. Eu só te pedi a única coisa que eu sabia que não ia conseguir fazer. Eu de novo aqui, pedindo. Por que né? Por que eu, por que aqui, por que tu, por que tudo isso? Quem sabe escrevendo possa entender que fui eu que quis esse ‘tudo isso’. Que eu sabia o que tu sentias, e que não era por mim. Que eu tinha medo – o único medo, de que isso que está acontecendo acontecesse. Eu já não satisfeita com todos os meus percalços fui arranjar mais um. Meu coração parece uma ameixa seca que cada vez enruga mais. Se eu pudesse, tirá-lo-ia e o esmagá-lo-ia. Mas não posso. Assim como não posso fazer que tu sintas o mesmo que eu sinto por ti. Com a mesma intensidade. Profundidade. Palavras. A falta de.
Não quero mais roubar seu tempo, não quero ser importuna. Só me responda, por favor...


Isso tá um criancice sem fim. To me sentindo ridícula. Como se ainda estivesse na 5ª série, fazendo de tudo para os menininhos me notarem. Não é bem assim, e a raiva que sinto de ti quando simplesmente sinto teu perfume, acho que não é bem de ti e sim dessa situação. Eu vou dar um grito, aí tu vai te assustar, aí a gente vai dar risada, tu vai pedir pra eu não ser uma cavala, eu vou me acalmar, a gente vai dar risada de novo, e nós vamos conversar socialmente que nem gente faz e tudo estará resolvido. Darei risada agora, porque isso é do jeito que eu quero, não do jeito que vai acontecer. Eu vou continuar a olhar pra tua cara, sentir raiva, vou continuar a virar a cara pra ti (recíproco, né amor?) a gente vai fazer cara de nojo um por outro e não vai ser falar. Mas agora pensando eu tomarei algumas atitudes. Querido.

Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo.
Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado.
Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica.
Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso.
Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.
'Fernanda Young

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