domingo, outubro 18, 2009

Por mim? Oras...

É porque eu me entrego né? Eu sempre me entrego. Me entrego quando estou cansada. Me entrego quando estou com fome. Me entrego quando estou ansiosa, nervosa. Me entrego quando estou gostando. Odiando. Amando. Quando estou com alguém faço de tudo para pensar e sentir verdadeiramente que era com essa pessoa que eu queria estar naquele instante. Perece-me, porém, que ninguém se esforça pra sentir o mesmo. É só essa coisa fugaz mesmo. E não é assim pra mim. Eu não entendo. Eu não sei se eu sou fácil ou não de se conquistar. Tem um tempo de requisito? Eu não sei se eu sou fácil ou não. Mas pra que tanta intimidade? Deixa de fora a intimidade. Vai só por experimentação. Deixa eu mostrar minhas feridas e fazer doer em ti a dor que eu senti quando tu me rasgava com palavras ocas. De repente, as palavras ocas começaram a rachar. E se quebraram. Os seus montes de caquinhos foram me perfurando, me fiz peneira. Agora, cada vez que falarem para mim palavras ocas, elas cairão nos buraquinhos e irão embora. Eu, esperta que serei, saberei reconhece-las. E di-las-ei para ti também. Tua reação? Não estarei mais do teu lado pra ouvi-lo chorar. Chorará? Um dia, pelas minhas palavras ou pela ausência delas, ou por outras, ditas num momento certo. [Não me deixe só Que o meu destino é raro Eu não preciso que seja caro Quero gosto sincero do amor].

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