quinta-feira, dezembro 03, 2009

Ah se... nada. Não existem mais os ‘SE’

Eu olho pra isso aqui e não digo nada. Eu penso em tudo e não digo nada. Estou numa fase de tão pensenatelística que até já tenho respostas para meus pensamentos. Por que isso...? Porque isso, aquilo e tal coisa. Ah, então ta bom. Porque ela não fez aquilo? Porque ela já tinha feito tal coisa, e também já fiz tal coisa e não devo cobrar dela. Meus pensamentos são ciclos que se fecham a cada instante. Tanto que nem falo. Olha que fase avançada: eu nem mais falo. Mentira. Outro dia na casa de um cara que eu nem conheço, que tinha os dois pés atrás com ele, mas agora só tenho um mesmo porque eu enfim, tava lá na casa dele conversando com ele, mesmo sem nem conhecê-lo direito, e nomes jamais, mas ele é um ser encantador. Aham, cativante diríamos. E ele escuta muito. Ela é curioso. Do tipo: quem? Quando? Aonde? Como? Mas quem escuta mais e fala de menos tem certa vantagem. Mas às vezes eu nem falo. E também nem escuto. Eu fecho meus ouvidos pra besteiras. Eu realmente consigo fazer isso. Isso também significa avanços. Acho que é por isso que hoje eu acordei feliz. Minha irmã já me disse que eu to bem besta hoje. Mas acho que eu seria besta todos os dias. É que nem minha mãe quando entra no meu quarto de meio-dia me dizer bom dia e eu olho com cara de abandonada desolada fodida na vida complexa desiludida. Não tem por que eu olhar assim pra ela. Ontem eu fiz terapia do papel. Não sei o nome, mas funciona assim: tu escreve tudo o que te incomoda no papel, tudinho tudinho, ai tu risca com vontade de tirar tudo aquilo de dentro de ti, ai tu rasga em mil pedacinhos e coloca num lixo beeeeem longe de ti. Hoje eu acordei nova. Ok, não tão nova, mas um pouquinho de aflição a gente tira. Ontem também, quando eu fui ao centro espírita com minha mãe a palestra era sobre felicidade. E eu cheguei em casa e ao sei o que li e era sobre ser feliz também. Daí fiquei feliz mesmo. Eu me sinto feliz quando eu estou. E agora eu já não tenho mais medo que a felicidade vá embora enquanto eu durmo, porque eu compreendi: nós não temos ainda a felicidade plena, constantemente, nós a temos em momentos. E esses momentos são únicos. E também nada de ficar olhando pra trás e dizer que nós éramos mais felizes. Talvez no futuro olhemos pro agora e diremos que éramos felizes agora. Entendível? Quando eu olhei no calendário e vi que já era dezembro. Puta que o pariu. Eu espero tanto por dezembro. Não que eu passe o ano esperando por dezembro, mas dezembro é o mês mais foda. Eu acho, pelo menos. E hoje é 1º de dezembro, terça-feira. Eu parei de fazer kumon ontem e eu vou parar de fazer academia amanhã, quando entrar meu dinheiro no banco e eu pagar e fizer minha última aula. Ontem quando eu fui me despedir das minhas professoras do Kumon eu fiquei triste, mas eu não parava de sorrir enquanto caminhava pra casa. E não importava que eu tava engasgada de choro, eu sô assim mesmo. Eu já tive que me despedir de todos meus colegas mesmo. Uns colegas que estavam comigo faz anos e mais anos. E tem colega meu que eu não vejo desde a minha formatura. E tem colega meu que vai fazer que não me conhece quando passar pela rua, e vai ter colega meu que nem colega era, tipo, só umas duas... a dirty little secret. E sabe o que eu vou ir fazer hoje? Tirar foto pra matrícula da universidade. Eu nem sei sem passei, mas eu vou fazer chapinha. Ah não dá pra ter tudo, cabelo bom, no caso. Esse ano cansei de tirar foto no estúdio com os cabelo tudo arrepiado. Deixa eu fazer meus dreads. Só deixa. Eu tinha ficado triste por ter que parar de fazer academia, outro dia na rua passei por uma colega de academia, ela tem lá seus 30 anos, afinal eu sô a única com menos de 20 naquela sala, e ela me cumprimentou. Aí eu fiquei tristona porque eu tinha feito amizades e teria que deixa-las. Mas eu tenho que me desapegar. Não importa. Vou parar e pronto. Até porque semana passada fiz duas aulas seguidas na segunda-feira e não consegui me mexer até sábado. E ontem, também não fui porque não consegui levantar o braço. E minha mãe disse: te deixa ficar cansada. Me deixei. Me deixei chorar, me deixei rir, me deixei permitir, me deixei ser feliz. Cá estou eu. E eu sei terão recaídas. Mas serão passageiras, assim como foram todas. Mas e sabe o que mais me deixa feliz, de tudo isso, desse mundo inteiro? Eu estou segura. Me sinto firme. A qualquer dia eu posso pegar minha mala linda xadrez clássico britânico quatro rodinhas e ir embora. Haha. Já to me atirando.

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