quinta-feira, abril 01, 2010

Devaneios alongados parte (VI) Tudo atrasado

Cá estou eu. Meio perdida. Meio achada. Sabendo algumas coisas. Lutando por tantas outras. Sem certeza de nada. Nem do dia, nem das horas. Cinco horas já? Todo dia. Só o começo. Talvez já o fim do começo. E de novo, e sempre de novo. E nem eu entendo. É muita coisa pra assimilar...
Atualizando minha vida, meu blog, meu tudo, meu nada...

Devaneios alongados parte (VI)
Eu fiquei surpresa. Perplexa. Ok, meu bíceps, e não me pergunte por que, mas eu ainda estou com essa parte do corpo parcialmente dormente. Me amoleceu tudo. Meu coração bateu trocentas vezes mais rápido e minha respiração vacilou. Como assim? Ora isso é bom mas porque eu estou sentindo isso? E eu não sentia mais nada. Recapitulemos.
Incrível que quando eu comecei cotar a merda da história, elas já sabiam o final. E que esse tipo de coisa é bem previsível vindo de quem veio. O que faz uma paquinha escrito: ALERTA! piscar dentro de mim: se você se relaciona com pessoas que fazem esse tipo de coisa que todo mundo sabe o enredo (e consequentemente o título) é de se preocupar. Se afaste disso (dessa pessoa).
Sabe porque eu não tenho namorado? Porque eu não quero que ele seja gay, ou feio, ou infiel, ou rebelde, ou nerd, ou tapado, ou galinha, ou mentiroso, ou filhodaputa, ou nazista, ou pobre, ou mala, ou drogado, ou caipira, ou asqueroso, ou vesgo, ou ogro, ou chato, ou reclamão, ou vagabundo, ou evangélico, ou... inexistente. Esse namorado não existe.
Eu to com saudades de coloca meu jeans ellus. Por mais que eu tivesse 25000 outras calças eu tava sempre com a mesma apertada. Saudades de chegar na sala, sentar lá no fundão(minha ruína estudantil) e só abrir o estojo no 3º período. Saudade de virar os olhos pros assuntos da Dárquila. De tirar com a cara da Paloma, dos comentários mordazes do Digo e do João, de disputar a atenção do livro do Lucas e de ‘comandar’ o abre e fecha das janelas lá de trás. Como eu sinto falta disso tudo e muito mais. Eu realmente espero ter amigos com ela pro resto da minha vida.
Uma vez eu tinha a toca de inverno de um menino aqui em casa. Só pra situar eu não estava ficando com ele. Eu achava isso pelo menos. Eu só estava com a toca de inverno dele. Possivelmente ele achou que estávamos juntos. Certamente ele achou que ao lhe devolver a toca eu coloquei algo a mais em sua cabeça rsrs. Mas eu gostava daquela toca. Ela exalava um perfume bom. Em todo lugar que eu a colocava contaminava tudo. Ela ficou aqui umas duas semanas acho. Enquanto isso o menino passando frio e nutrindo um profundo ódio por mim. Já falando, me odeia até hoje. Ah, vai entender os sentimentos dos outros. Eu nunca fui tão má com um menino quanto com esse. Ele tem mais que me odiar mesmo. Talvez (ou não) não quero estar estando com alguém com toca de inverno (ou sem) pelos próximos 25 anos. Ah não, 40 anos é ainda muito cedo.
“-Cadê a Carla?
-Não sei.
-Como assim não sabe?
-Não sei ué!” (Claro que não sabia, era Camila, não Carla)
Eu sonhei que a Fran do Kumon me ligou pra marcar o dentista. E daí ele me perguntou se eu ainda tinha os cogumelos pra pro na boca quando machucasse. E que o Evaristo Costa estava rindo dum médico no Jornal junto do vesgo que dá o resultado da Telesena e depois eles passaram a matéria pro Datena. E que o Kayky Brito tava na minha cama e tinha um telefone e a Kita também. Que eu subi as escadas do escritório da loja do meu tio com minha mãe. E eu estava com a camisola curtiíssima que a Nathi tinha me dado. E que tinha uma formatura e eu tava lá naquela situação que Graças a Deus e a mim mesma não precisava mais passar. E cadarços coloridos. E algo que eu tinha que correr. Pra variar.
O João tava dirigindo. Eu tava atrás dele no banco do carro, eu olhava nos olhos dele pelo espelho retrovisor e pedia: JOÃO, por favor. Eu olhava pras gurias e elas estavam rindo. Eu olhava pro Cássio e ele tava rezando. Que nem eu. Mas rindo, que nem eu. Deus, eu não quero morrer assim. Eu chutei algo no carro (e aqui, me contaram uma versão diferente da que eu lembrava). Era uma Coca-cola. Jesus, quem me viu não acreditou que era eu.
Eu nunca tinha pegado um ônibus na vida. O primeiro foi pra ir pro meu primeiro dia de aula na universidade em outra cidade que nem era a que eu me mudei. Mentira, só pra causar impacto. Eu já fiquei dez dias dentro de um ônibus (ta ta, mas 10 horas sim) sozinha indo pra puta que o pariu. Primeiro dia minha mãe me levou até a parada, no segundo dia eu perdi o ônibus de volta, cheguei em casa às 24:00 no que ia pra onde judas perdeu as meias. No terceiro dia, bom no terceiro dia deu TUDO CERTO. Com direito a cobrador argentino com Rayban, gel no cabelo e o sotaque.
“-Ahhh, é a música da Pantera!!! – eu falo.
-(cara de: JesusCristoAmado): É 007. Não Pantera. – meu pai se desespera.
-É?
-Éééééé!!!
-Mesmo?
-SIM! (com cara de morto)
-AAAAAAAAAAAAH é. A da pantera é tãn nãn nãn, tan nãn, tãn nãn nãn nãn nãn nãn nãn........
-(meu pai só me olhava)
-Nooooooooossa, que fora. Ta, para de olha pra mim. Ta. Para.” (sobre a patinação Vancouver 2010).
Há um lugar que eu disse que nunca mais ia entrar. Aquela porra de lan house. O cara foi muito grosso comigo. Daí que a excelentíssima minha irmã tava lá com certos problemas e eu tive que voltar lá. E eu não me liguei que esava sendo importuna para outras pessoas. Até que eu ouvi um aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaafs bem grande e saí de lá correndo. Eu não ENTRO NUNCA MAIS LÁ AGORA DEFINITIVAMENTE.
Sou uma pessoa muito ingênua em relação a: universidade; lancheria de universidade; trote de universidade; transporte até a universidade; professores de universidade. O que é bem óbvio sendo que eu nunca conversei com ninguém sobre universidade e é a primeira vez que eu estou estudando em uma. (estudando? Até agora eu só ouvi: “AAAAH, QUE FELICIDAAAADE, NÃO QUER ESTUDAR, FAZ PUBLICIDAAAADE!!” ¬¬)
Pra cada ônibus de argentinos que vai embora, uma noite a mais de silêncio. Quando cheguei aqui não entendi o que as pessoas tinham contra os gringos. Agora eu infelizmente sei: vão fazer barulho até às 4 horas da manhã na puta que pariu. Nunca vi tanta gente gritando feito retardado. Nunca vi tanta gente reunida bebendo 3489854568985 copos de capeta, caipira e mais lá sabe deus o que consomem. Fora os afetado que ficam batendo palma durante cinco minutos pros mágicos picareta. Meu, vão cuida das crias de vocês, da pele torrada, do dreads e das camisetinha: EU AMO BALNEÁRIO CAMBORIU- BRASIL. Vão embora. =(
Chego a várias teorias sobre várias coisas o tempo todo. Agora foi essa: eu poderia simplesmente ter ido me explicar pra ti. Dizer: não, foi isso, e eu não disse nada por causa disso e... Mas não. Chega um ponto em que não há mais motivos para explicações. Que tu enche o saco e manda se foder. Exatamente o que eu fiz.
Nas duas primeiras semanas de aula eu...
-perdi o ônibus: duas vezes
-errei a parada do ônibus: uma vez
-errei a porta do ônibus: uma vez
-errei de ônibus: duas vezes (MAS EU SALTEI FORA, só pedi informação...)
-entalei da roleta do ônibus: uma vez
-cai de quatro nas escadas com saia jeans: uma vez
-bati a cabeça da porta da van: duas vezes
-dei fora: ‘aqui no colégio...’(UNIVERSIDADE), ‘o trote vai ser depois do recreio’(INTERVALO),
“Eu no camelô:
‘-Quanto são essas carteiras?
-R$25. – responde a coreana
-E essas são quantas?
-Cara.
-Como?
-São caras essa aí.
Eu começo a rir. Indignada. Coreana dos inferno. Me dá nota fiscal, vai.’
‘-Oi, quanto é essas tuas cuecas? - falando pro menino de 16 anos que cuidava a banca. Fiquei vermelha.’”
“-Nossa, mulher de fases! Tihuana. Não, não, Los Hermanos!
-BRUNA, JESUS CRISTO, RAIMUNDOS!!!”
“Eu na loja de sandália:
‘-Ahh, eles colocam só um pé do par pra ninguém rouba, né mãe?’
E só me levanta a atendente de trás do balcão.”
“Sai duas argentinas de um projeto de restaurante, cuja placa dizia: ‘HOJE TEMOS RISOTO’. E uma delas pede:
‘-Tica, onde posso comer pizza? (tipo: pitszá)
-Ah, hm, ali no O Paparazzi acho que tem. Ali, na placa verde. – eu respondo.
-Onde?
-Ali naquela placa verde. Acho que tem.
-Ahhhh, si, si. Gracias.
-Mas, viu, eu acho que tem...’
“-Noooossa, o Frejat tem 47 anos????! – eu falo.
-Sim – minha mãe responde.
-Achei que ele fosse mais velho, tipo tu.
-E tu acha que eu tenho que idade?
-Err, 49...?
-48. ¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬”

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