"Neste lugar sem lugar, passado e presente e futuro são contemporâneos. Desabam para o interior do seu próprio excesso de existência. Mas a mágoa persiste, resplandece na desordem. Os meus olhos que já não o são vêem agora tudo o que foi, tudo o que poderia ser, tudo o que é. Concentro-me no que é – estou morta, todos me choram, finalmente despidos da maldade pequena, contínua, mineral, que os vivos entre si aplicam como lei de sobrevivência. Era esta a glória que eu sonhava em adolescente: a de congregar toda a tristeza em volta da minha saudade."
Fazes-me falta' Inês Pedrosa
saudade doi...
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