sábado, janeiro 15, 2011

Devaneios parte XXII: Sobre Amor e Ódio

Até tenho um título adicional a ‘Devaneios’ dessa vez: Sobre Amor e Ódio.
Um dia de amor seguido por um de ódio. Dois dias de um dossiê de algo – espero – (in)acabado.
Amor
Teus olhos são muito claros. Me cegam. Me desnorteiam.  Me entorpecem.
Cada vez que lembro no nosso passado meu estômago vira do avesso. Uma ânsia que me invade, que me dá vontade de explodir. Te explodir.
Tu vieste. Eu fugi. Nós esquecemos. Eles riram. Vós acabastes.
Eu só queria que você me amasse. Eu só queria que você me esquecesse. Eu só queria ter você o tempo todo.
Me invade. Me isola. Me ama. Me transa.
Só fique.
Se despede de mim pra sempre. Me dá um adeus definitivo. Isso está me consumindo. Eu não quero seu adeus.
Diz que vem. Diz que tem. Só pra mim. Só pra nós.
Quero que você seja parte do meu passado. Quero mais ainda que você seja me presente continuo. Me futuro incerto.
Eu prefiro me fazer de louca a te encarar e falar sem sentir a voz tremer: NÃO TE QUERO MAIS.
Ódio
Como eu sou burra. Meu Deus. Não consigo pensar em ti sem imaginar vocês dois juntos. Não sei se tenho mais nojo de mim ou de ti. Não sei se e quero socar mais tu ou ela. Não, nela eu quero dar cabo mesmo.
Essa brincadeira de esconde-esconde saturou. Faz assim: se esconde e definha, apodrece e desaparece da minha vida pro resto da eternidade.
E eu que sou a paranoica? Então tá. Sou mesmo. Paranoica, surtada e psicopata. Ainda dá tempo de alguém sair vivo dessa merda.
Não sei se tremo mais de raiva ou de frio. Frio febril. Desgraçado. Degenerado. Medíocre. Tu não serve nem pro meu pior pensamento.
Vai tu e tua corja pro inferno. Se eu acredito mesmo no poder de Deus vocês não vão sair de lá nunca.
Agora, além de me fingir de palhaça e burra, vou ser cínica. Obrigada por despertam isso em mim. Minha boca está seca por outro motivo. Se te peço água neste momento, é pra te afogar. Sinta a amargura.
Não acho que o ódio leve até algo que valha a pena. Mas meu bom Deus, só tu sabe o quanto eu tenho odiado ele.

Pelas páginas escorria amor. Esperança. Agora essas mesmas páginas destilam veneno. Rasgam-se pela força do ódio.

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