sexta-feira, abril 01, 2011

Devaneios parte XXVII

Treino meu inglês imaginando um encontro com Anne Hathaway na rua ali do lado.
Nos que escolhemos quem anda ao nosso lado. Um não pela autopreservação resolve bastante.
Às vezes eu me pergunto porque de ainda estar aqui se já não tenho o principal.
Se você nunca virou do avesso há algo de errado.
Consigo vários hematomas nas canelas varrendo meu quarto.
O que dá juntar razão com academia?
Andar de capô: tri.
O discurso daqui de casa é: comi ontem, fui comer agora não tem mais.
Quantas vezes o cara tem que perdoar pra provar que é amigo.
Namorados (as) vão e vêm. Amigos podem não voltar.
Outro dia estava com muita dor nas costelas e não sabia por quê. Na academia, peguei a barra pra fazer costas e ahá. Eu bato a barra nas costelas.
Qual foi a vez que eu fui beber no morro e não voltei cheia de hematomas? Aé, não teve.
Mente, inventa, aumenta. Fútil, ridícula, influenciável. Como lidar? Ó Deus, como?
Não consigo mentir. Tenho pavor de quem mente. Dói no ouvido e muitas vezes no coração.
No momento em que conheci, percebi que talvez a seletividade natural não tenha sido tão criteriosa.
Se você não gostou de mim ao me conhecer numa 6ª feira não vejo como irá gostar de mim num domingo.
Tipo assim: é algo que quando não vem pode não ter mais volta.
A helanca foi tecida pelo tinhoso. Não há tecido pior.
Escárnio.
Se eu sou falsa então tu nem existe. Sai daí.
Intragável: uma ótima palavra.
Não gosto de gente que não sabe a hora de ir embora.
Ficar contigo de novo só te apagando completamente da memória.
Me encontro na difícil missão de ficar sóbria por 24 horas para poder doar sangue. Sempre tive medo de ser alcoólatra, mas quem tem medo quando bêbado?
Não nasci para andar sobre o trilho.
Perdi mais uma amizade. Até parece que coleciono.
Seis meses sem uma academia e você percebe o quanto cruel é a gravidade.
Quanto tempo dura um travesseiro da Nasa? Faz um ano que tenho um e parece que durmo só no colchão.
Tem gente que é tão boa de papo que eu me deixo levar na boa. Como purpurina nos olhos.
Tenho meus amigos contados nos dedos. Melhor assim.
Gosto de quarto frio e edredom quente.
Eu pedi pra ligar, mas na verdade, nem precisa...
Sei que falo umas coisas no msn que se fosse na vida real eu levaria uma boxa na cara, mas eu tenho que ouvir cada uma que me poupe.
Jesus está nos detalhes.
Não sei o que os outros acham. Não quero saber o que outros dizem. Isso torra a paciência.
Talvez tu não tenha percebido. Agora não dá mais.
Tenho tanta coisa pra arrumar, o que te faz pensar que eu estou preocupada contigo? Por que eu escrevo? Oras, eu preciso falar com alguém.
‘Tô matando, tô enterrando e tô chorando no velório.’
Não tenho a mínima ideia do que tu possa ter falado, mas também nada me surpreende.
Eu continuo rindo.
Olha o quanto eu já sofri por ti e agora consigo gostar na mesma intensidade sem meu coração sair do ritmo.
Eu sou criança. Tenho 17 anos. Não. Pior. Tenho 18 anos e ainda ajo como criança.
Eu tava tão diferente. Igual, mas diferente. Aberta, até meio que feliz. Então me jogaram de volta a esse buraco cor-de-rosa deprimente. Tudo o que fui está aqui. Não sou essa mais.
Algumas pessoas são sebáceas.
Teu sorrisinho de escárnio até que me agrada. Pobrezinha, precisa viver da vida dos outros e ainda se diz feliz.
Somos bons juntos. Mas muito melhores separados.
Sabe o que gatinho, tu fica aí me amolando com essa conversinha fiada, eu não tenho muito interesse no que tu tem pra falar... saber se tu faz todos os dias ou se andou melhorando. Já tive melhores e não curto retrocessos.
As pessoas não gostam de mim porque ninguém gosta de gente espertinha. Muito menos eu.
Ex ex ex ex ex presente.                                                                                                      
Não dou três meses. E se não vier também, ah, o que outros fazem ou deixam de fazer não é da minha conta.
Aí você vai lembrar porque que gosta de mim e vai continuar gostando. Eu faço isso contigo. Funciona.
Sempre achei que fosse a louca da relação, mas, ah é, nada mais me surpreende.
Meu pai diz que eu não presto atenção em porra nenhuma, minha mãe diz que eu sou uma borboleta e eu digo que o que me interessa eu escuto muito bem. Vai ver que de surda só me faço.
Feliz mesmo eu tô é com minha franja que anda bonita. Feliz mesmo eu tô com o canal de erotismo dessa TV.
Eu não escuto o que os outros falam. Eu escuto o que eu escuto e é isso que eu levo em conta.
Sempre vou e volto. Sem saber pra onde ir nem voltar. Vivo em lugares diferentes, mas sou igual.
Eu não quero fugir. Nem ficar. Se eu te queria? Não quero. Não momentaneamente. Se tu entendesse que quanto mais longe, melhor. Sou eu. Eu preciso disso. Eu preciso fugir de mim. De meus medos e anseios. Disso tudo aqui que já não suporto. É muito esforço, entende?
Olha, tá nos últimos três segundos. Tic toc tic toc.
Queria mesmo é gritar que se danem todos, que se ferrem. Mas eu é que tô toda ferrada. Sou eu que preciso o grito. Sou eu que preciso do empurrão.
Eu tenho mesmo que ouvir o teu discurso deliberativo?
Não quero falar. Não quero escutar. Onde está Jimmy e sua bolha? Qual é? A irritadiça precisa de 5km de distância de todo o restante. E isso inclui você e sua preocupação. É excesso.
Você é excesso em minha vida. Isso me acaba. Eu já estou acabada.
Entreguei a batalha. Tô a três soldados de entregar a guerra.
Eu preciso de alguém que seja família. Que entenda meu olhar e me aninhe nos braços. Alguém que eu reconheça.
Nunca me senti tão sem rumo. Nem eu aguento mais.
Até a Bruxa Malvada do Oeste me ajudaria agora.
Sabe o que me deixa feliz? Ver da ultima parada o ônibus chegando lotado e eu ter que ser mais uma de pé esmagada.

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