domingo, dezembro 28, 2008

Ao redor do domingo

Domingo chato, tedioso e um calor horrível. Nenhuma novidade. Ligo pra Nathi: vamos ir caminhar, mas põem roupa de caminhar, não vamos ir passear. Mar de gente subindo e descendo as avenidas. Carros e mais carros desfilando com os vidros abertos. Pessoas sentadas nos bancos tomando chimarrão (com esse calor); algumas rindo, outras com cara de tédio, outras bebendo e por assim vai. Se tem uma coisa que eu nunca faço é por uma corsário. Coloquei e me senti um grande esportiva. E uma ridícula. Depois de uns 20 minutos de caminhada, meus cabelos conseguiram ficar pior do que já estavam. Talvez alguém dissesse: como é que ela sai na rua nesse estado em pleno domingo de tardezinha? Quem vai querer ela? -Não, querido. Quem eu vou querer no meio de tanta gente. Tanta gente eu digo: acho patético sair domingo de tardezinha pra ir azarar na avenida. Malditos botecos de homens bêbados, fedido e suados. Malditas mulheres que se pelam, colocam salto e mini-saia e passam por entre as cadeiras dos tais botecos. E comentários grotescos e acenos: oi, gatinhaaa! Eu não me encontro no litoral caminhando na beira do mar, eu não me encontro em qualquer outra cidade fazendo qualquer outra coisa. Eu me encontro numa porcaria de cidade que tem duas avenidas, em que seus 100 mil habitantes se amontoam e acham que tudo pode, tudo é o máximo. Odeio domingos e todos os programas que se aplicam a ele. Desde a merda de futebol, a merda de churrasco nas casas das vós, a merda da programação da TV aberta e a merda do final de tarde angustiante. Alguém já disse: domingo perfeito é o que passa rápido.
dia 21/12

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