domingo, maio 31, 2009

Dois sobre minha irmã.

Eu lembrei disso agora:
Eu não sei bem certo a idade, mas eu devia ter uns sete anos e minha irmã uns 9 anos. Meu pai tava em casa naquela tarde e pediu pra mim e pra minha irmã atendermos ao telefone, porque tinha um cara do Diário da Manhã enchendo o saco pra ele voltar a assinar o jornal. Meu pai não queria falar com ele de jeito nenhum, então, caso o telefone tocasse era pra dizer que o pai não tava em casa. O telefone tocou. Eu atendi. –O sr. Gilberto está? Sim. Pai, é pra ti. Quem é? Não sei. (um olhar bravo daqueles que ele sempre deu e ainda dá). Eu vo correndo pro quarto já chorando. A minha irmã ta lá e eu sento do lado dela. Ela me abraça e eu falo entre soluços: -ele vai me bate, ele ta brabo comigo, porque eu passei o telefone sem pedir quem era, porque isso porque aquilo... Calma, Bruna, já passo, ele já vai esquecer...
Ter minha irmã do lado me conforta. Não importa quantas pessoas simplesmente não gostam de mim porque eu sou irmã de quem eu sou. Não importa o que ela faz da vida dela, isso sendo certo ou não. Ela sempre vai ta do meu lado, eu tendo 7 anos, 14, ou 16. E nós rirmos até doer minha barriga segundo o episódio da pirainha e do estojo de maquiagem na academia me deixa extremamente feliz. E com vontade de chorar, como se fosse iminente a tua partida.

No volante
Minha única irmã, a Thuane, ou como sempre escrevem errado: Tauane – é dois anos mais velha que eu. Por causa disso, na ordem correta dos fatos, ela aos dez anos já podia sentar no banco na frente do carro, creio eu que é com 10 anos que a lei permite isso. A partir de então quem senta no banco da frente é ela. Sempre. Eu tenho que ir sempre atrás se ela está junto. Já virou um hábito. Bom, falta só alguns meses pra ela tirar a carteira de motorista. Quando chegar eu não vou mais sentar atrás. E nem na frente. O medo é maior que a vontade.

Um comentário:

  1. É, era pra ter sido pro meu professor aquele texto... Totalmente limitado à ignorância ;(

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