sábado, junho 06, 2009

Devaneios Parte I

Reclamava outra hora daqueles que custam em dar um simples oi. Tá, mas e aí, aqueles que não se prestam nem pra dar tchau. Qual é o pior?
Eu não quero que saibam o que parecia. Eu quero o que de fato aconteceu. Não deveria nem querer que soubessem.
O pote foi definido para guardar biscoitos. Quando está cheio é feliz. Quando está vazio, só com os farelos é triste. É vazio, sem os confeitos de chocolate e os açúcares coloridos. Por quê? É assim que eu me sinto. E hoje? Vazio. Amargamente. Solitariamente vazio.
O que eu pensei antes já não sei mais agora. Mas eu continuo sabendo. Só não sei como escrever. Antes eu sabia. E pensar e pensar e já não sei bem.
Se eu não der um jeito no meu quarto logo eu começarei a procurar onde está minha cama para dormir.
Tenho questionado tanto como pareço ser que creio não existir.
Alguns escritos de 2005 diziam: ‘não sei se tenho vontade de chorar ou de espirrar. É de chorar... ’ Foi o ano que eu mais gripei na minha vida. E um dos que eu mais chorei.
Eu não entendi o que quis dizer, desculpa.
Como sou breve de vez em quando. Somente brevemente.
Hoje estávamos todas apagadas. Cada uma chateada por seu motivo. Todas com o mesmo sentimento: como? Por quê? Pra que...?
Remoto, mas não de controle, de tempo remoto.
Não é certo eu fumar e beber? Aaaaaaaaah, e é certo fazer o que TU FAZ? Eu só me estrago, e tu que estraga os outros também?
Tua expressão é contraída até quando está dormindo. Tu não terminou de ver o filme do cachorro pra não chorar. Pra não misturar tuas emoções com as emoções do filme.
Era muita coisa entrando e pouca saindo. Eu tinha que me expressar de alguma forma. Resolvi escrever e desenhar. Quem sabe passar a pintura para a parede?
Há textos que eu escrevi no caderno preto, que agora não condizem com o que penso. Eles ficarão lá. Guardados. Rabiscados.
Lábios macios, boca sôfrega, hálito quente. Mãos possessivas, corpo colado. O que é respirar...?
Teve dias que pensava tanto em ti que tua presença se tornava real. E eu odiava isso.
Qual a altura do meu abismo? O bastante para me matar por falta de oxigênio, ou então, sentir a dor da estatelada?
Pensando nas crises, pensei melhor. Não vivo crises, vivo crises e às vezes obtenho a normalidade.
Não insista. Eu nasci com o cu na cara e só mostro os dentes por meu dentista.
Eu queria ter você tempo necessário para notar que eu nunca precisei de você.
Quando (e quando!) eu chorar pela tua maldita causa, sinto que acabarei com a seca no norte do Rio Grande do Sul.
Não faço nada e já está na hora de dormir. Durmo e já está na hora de acordar. Mais alguém sente essa improdutividade tanto quanto eu?
Minha mãe é do tipo: já que estou aqui, vou fazer. Eu sou do tipo: já que dá pra deixar pra amanhã, eu deixo.

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