sábado, setembro 19, 2009

Sobre minha sexta-feira, 18 de setembro

Eu nunca conto do meu dia aqui, tipo ‘Dear Diary... ’, mas vamos lá. Sobre o dia de ontem! O celular despertou às 6:25 da manhã; às 6:28 eu saí da cama. Descobri que meus olhos ardiam, minha bunda doída e eu ainda estava com dor no pescoço por ter feito abdominal errado (bem feito pra mim). Me dirigi ao banheiro, me olhei no espelho, me arrependi e fui pro banho. Água quente, vida! Voltei pro quarto me vesti (com uma roupa que me fez passar frio a manhã inteira, com os malditos 15ºC). Peguei meu remédio e pá: só mais três dias, sexta, sábado e domingo, aí fodel. Saí de casa com minha mãe às 7:38 e bem na hora cai uma chuva bem agradável, até porque faz tempo que não chove aqui! (ironia!!!) Fui pra escola, primeiro período prova de Español, da qual eu não tinha dicionário, sentei lá trás e só na cola. Meus colegas estavam vestidos com bombacha! Depois tinha matemática e eu recebo minha maravilhosa prova de geometria analítica, aquela em que o professor resolveu se vingar da turma. Resultado: três notas acima da média (7,0) e a minha: 2,0. Ok, fazia muito tempo que eu não tirava uma nota tão ruim! Mas não dava pra colar, tinha cinco tipos de provas diferentes e ninguém sabia nada da matéria. Não é porque só eu sou burra. Depois prova de sociologia. Não sei como, nem quem, surgiu a prova na sala de aula e a gente tinha o gabarito no período anterior! Divertido, né? Só não das descritivas. Eu nunca escrevi tanta bosta numa prova. Era fácil falar sobre a influência da mídia, dos países imperialistas, mas eu tava morgada e sem voia nenhuma pra pensar sobre aquilo. Último período prova de inglês, dei três lida na prova, sei lá se era besides ou sei lá o que, saí da prova: chuva de novo! E eu morrendo de frio! Voltei pra casa e catei uma blusa preta, pras fotos que eu tinha que fazer no estúdio, com finalidade de expor no telão da formatura. Minha mãe me deu uma carona até o estúdio que eu não sabia aonde era e fiquei caçando. A turma foi chegando, e os cornos da outra turma, cujo horário não era deles nos atrasaram. Tiramos fotos em grupo, mais fotos em grupo (digam aaaaaaaaalface!), e depois a individual. Jesus, para tudo! Eu entrei nervosa. O estúdio era legal, sonho meeeeeeeeu. Todo isolado de som externo, com as luzes e pá, a lente da Nikon do fotógrafo era imensa. Babei. O cara tinha 368m de circunferência na barriga, a barba não feita e um papo gigante. Eu tava com medo de ele me comer lá dentro. Mas enfim, entrei e comecei a falar. E a falar, a falar, e falar. Normal, né. (eu falei um monte quando fui fazer a tattoo, e quando fui furar o nervo da orelha, assim como os outros furos na orelha que eu tenho, e na Crisma também) Eu consegui deixar o cara tonto. Ele me mandou sentar num banquinho tosco e..: vira de lado, cruza as pernas, coloca o braço esquerdo aqui, e aquele lá, vira o rosto, levanta a cabeça um pouquinho. Se aproximava de mim e tirava a franja dos meus olhos com aqueles dedos que tinham o tamanho do meu tornozelo. E puxava meu queixo pra cima e: dá um sorriso! “Isso, tá legal esse sorriso” e eu: “PERA AÍ! EU PRECISO RESPIRAR” Primeira fase do banquinho passou, fui olhar as fotos e morri. Saí vesga, torta, dura e sem respirar em todas. Fora meu cabelo, que aliás, o cara me garantiu que dá pra arrumar no photoshop, e ele também disse que eu deveria ter feito chapinha. Como eu tava vesga, eu dei um tempo pra arrumar a maquiagem. Fui no espelho com o lápis de olho e pelo reflexo vi que ele tava me olhando com cara de dúvida. (?) Segunda fase. “Coloca teu joelho em cima do banquinho, isso, agora apóia o braço da tua COXA”. Ele falou coxa num tom que eu não gostei. Mais uma vez todas ficaram horríveis, e na terceira fase eu já tinha desistido. Saí falando: “olha, pode dedicar uns 20 minutos de photoshop pra cada foto minha, ta? Diz isso lá pro cara, eu sô a Bruna! Ta???? E ele: “TÁ BOM BRUNA, brigado, TCHAU.” Apesar de tudo, o cara sabia o que tava fazendo. Ele tava ligado em tudo o que falava e não achava bom e concordava. Desci morro abaixo, e depois subi morro acima, atravessei a cidade. O tal do estúdio ficava só algumas 38957349 milhas da minha casa. Fui pro Kumon abaixo de chuva, e meu cabelo maravilhosamente espantando. Parecia que eu tinha ido fazer a capa pro CD da Elba Ramalho. Cheguei em casa às 17:11, pra quem tinha saído às 12:54, ótimo né. Comi três pãezinhos torrados com margarina sem gordura trans (de tanto que eu enchi o saco minha mãe só compra margarina de milho agora), me vesti e fui pra academia. Bom, lá eu vi Jesus naquela merda de afundo, que to com as pernas bambas e tremelicando até agora. Aumentar peso não é legal, gente. Saí antes de terminar a aula, me fodi porque não alonguei, voltei pra casa de a pé, passei pelos meus colegas que estavam entrando no cursinho (hahaha). Quando cheguei em casa tomei banho, me vesti, borrei todo o delineador no olho de tanto que tremia e me mandei pro show do Frejat, sem comer nada. Eu tava vesga de fome, e lá no show ficava passando aqueles pastéis de queijo do Atlântico, que só quem comeu sabe quanto é bom... E minha mãe nem pra leva dinheiro. A gente deu carona pra umas mulheres loucas lá, por que sim!, estava chovendo. Achei na hora bem normal minha mãe oferecer carona pra três mulheres desconhecidas, por que elas estavam na chuva e tal, mas depois minha mãe disse que conhecia a loira baranga. Mas eu achei normal. O show foi foda. Eu não gosto muito de Frejat e minha mãe detesta, mas o som deles é muito bom. Eu nunca vou esquecer de eu e minha mãe, lado a lado na arquibancada, de mãos dadas, indo prum lado e pro lado gritando: ‘que tudo que ofereço é meu calor, meu endereço, a vida do teu filho desde o fim até o começo... amor, meu grande amor...’ Cada fim de música a gente gritava: ‘Ouuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu’. Fora que eu me apaixonei platonicamente (nossa, quantas vezes já?) pelo cara do Sesc. Aquele clone do Fábio Assunção no drugs! E minha mãe dá a maior força, apesar de ele ser no mínimo uns 12 anos mais velho que eu. E ele tava lá, e já que eu tava super longe do palco, eu olhava mais pro cara do que pro Frejat. No início ele cantou umas músicas que só ele conhecia e eu já tava gritando: ‘eeeei Frejat, me dê algum veneno anti monotonia!’ Mas depois foi bom, eu sabia o refrão de pelo menos algumas músicas. Fazia tempo que não ouvia Túnel do Tempo (eu sei que uma rede invisível irá me salvar, e o impossível me espera do lado de lá...) e eu me esgoelei gritando (cantando não, percebi que canto mal pra carai!) Exageraaaaaaaaado, jogado aos seus pééés eu sou mesmo exageraaaaaaaado! Em Por que a gente é assim?, na parte do ‘você tem a vida inteira pra me devorar’ Frejat e sua guitarra maravilhosa faz uma ‘dançinha’ muito divertida! Fora quando ele começou a dançar, mooooorri. Eu não vou comentar todas as músicas, mas valeu a pena, a banda é legal. Quando eu e minha mãe voltamos pra casa às 23 e pouquinho a gente praticamente gritava, não conversava, de tão surdas. Deitei na cama com ela e ficamos assistindo a reprise de domingo do Pânico. Com quantos Bahuans se faz um Raj? Heim?

Um comentário: