domingo, dezembro 20, 2009

Meio mundo e eu – Lições

“Você passa a vida inteira ouvindo tudo que deve fazer de correto, mas sem nenhuma explicação convincente, você mete os pés pelas mãos e deixa tudo em volta com pegadas de quem acabou de chegar de um dia lamacento. Pois bem, tente aprender algumas lições enquanto você estiver respirando, porque facilita pra todo mundo e ainda mais pra você.”
No processo de tentar não se culpar quando se sai da linha.
“A primeira delas é sobre sua saúde. Todo mundo recomenda, todo mundo deseja, e talvez você deseje a si próprio, mas se entope de doces, não faz nem quinze minutos de caminhada por dia, bebe que nem um porco, fica sem ir ao dentista por oito anos. Só que um dia a conta chega. E você já ouviu dizer que aqui se faz, aqui se paga. Talvez em outro contexto, mas no final dá no mesmo. Muito justo se quem tivesse que pagar pelo que fez com seu corpinho fosse você e ninguém mais. Acontece que o ônus nem sempre é só seu. Entupindo suas artérias de torresmo e seus pulmões de nicotina, é bem provável que a conta sobre, injustamente, para mais alguém. E tudo porque a sua estupidez e o seu egoísmo natural não permitem que seu sofrimento seja só seu. Precisa ser da família inteira. Feio, né?”
É bem sobre isso que eu tenho pensado. Eu sou correta. Eu não bebo muito. Deixei de beber até apagar, agora eu bebo ‘socialmente’. Eu não fumo. E saio de perto de quem fuma. Eu não como carne vermelha, nem porco, nem galinha. Peixe eu como. E ovo e leite também. O que me faz não ser vegetariana. Eu como proteína de soja, leite de soja. Eu como feijão. Eu detesto maionese, ketchup e mostarda, porque eles me dão espinhas, mas eu como, sem excesso. Eu tomo refrigerante uma vez por mês, porque eles dão celulite. Eu não como chocolate todos os dias (apesar de necessitar) nem frituras. Sorvete uma vez por mês e olha lá. Eu deveria comer mais frutas, mas mesmo assim como o triplo de muita gente que conheço. Na minha cidade não tem fast foods, então eu não como mc donalds, nem bobs, nem nada. E eu também deveria tomar mais água e mais chá verde. Eu faço academia no mínimo três vezes por semana e eu não tomo suquinho de pacote, porque é um veneno e atualmente peso 53 kg. Mas assim, mesmo cuidando tanto da saúde, lendo sobre dietas corretas, pesquisando sobre culinária oriental, fazendo atividade física é bem possível que eu morra com uma bala perdida. Há quem pese 180 kg e não ta nem aí pra sua saúde, nem pra saúde do outros, nem pro meio ambiente, nem pros animais e só quer consumir. Esses viverão. E sabe quem cuidará deles e do pulmão, fígado, pâncreas e rins PODRES deles? Os saudáveis, TU. É por isso que esse texto me chamou a atenção. É egoísmo não cuidar da própria saúde. Egoísmo para com o mundo inteiro. E nós que falamos sobre assuntos assim que somos os chatos, caretas né? Isso é pura desilusão de quando tu voltas da praia e olha praqueles velhos gordos e nojentos comendo, bebendo e torrando no sol sem protetor solar. E eu tristinha pelas minhas estrias que são de crescimento. O Marcello me disse outro dia que eu nem vivia mais de tanta coisa que eu me restringia (tipo coca, carne etc etc), mas eu ainda acredito que eu vá viver caquética com 140 anos observando esse mundo melhorar.
“Não desfaça das pessoas que estão ao seu lado. Se elas estão ali é porque gostam de você. Para que então, ser grosseiro ou fazer uma brincadeira que só você acha graça? Seja gentil e preserve a educação básica. Se ainda não sabe como, compre um livro e aprenda o mais rápido possível. Não seja idiota. Não ridicularize sua namorada na frente dos seus amigos. Não diminua seu marido para suas amigas. Se você é um babaca por natureza, tente se esforçar para não atingir quem ainda tem consideração por você.”
E começando por frase a frase, eu sou campa de deixar minha comodidade esfriar a amizade. Pensei muito sobre isso e me defini em uma palavra: descaso. É descaso não conversar com a amiga mesmo sabendo o telefone de casa, do celular, do fax, o endereço da casa, do orkut, do twitter e sabe se lá mais do que incluindo sinais de fogo. Mas agora, depois de perder 458789758957 amigos por basicamente o mesmo motivo, eu aprendi a correr atrás. Também aprendi a diferenciar pessoas sarcásticas de grosseiras. Como eu não suporto grosseria. Como gente mal-educada me azeda. Me entristece. Para resolver isso, duas soluções: 1ª) distância do animal vestido – essa é para as pessoas que tu não tens tanto contato. 2ª) violência (tapas e socos, conforme merecimento) – e essa é para as pessoas que o contato é inevitável. Como por exemplo, seu irmão. Acredite, há pessoas que só aprendem com trauma. Achei muito interessante essa parte do COMPRE UM LIVRO. Quem lê não consegue ser tãããão babaca, eu acho.
“Pare de ser tão carente e querer esperar tanto do outro. Se ele ainda não aprendeu a fazer, depois de você já ter falado, ensinado, desenhado, gritado, esqueça. A receita da felicidade é essa e pode acreditar: jogue fora suas esperanças. (...)”
A carente nessa história aqui sou eu. E eu AINDA não perdi as esperanças em MIM. Nos outros sim.
“Dê atenção às pessoas. Amigos, clientes, pai e mãe, pessoal do trabalho. Tente ser minimamente simpático. Mesmo que isso seja a coisa mais difícil para você. Resolva seus problemas de estima, insegurança, paranóia, mau humor. E se não consegue resolver não faça da pessoa do seu lado seu muro de lamentações. Tenha dó.”
Já falei que resolvo meus problemas comigo mesma. Penso em minhas dúvidas e tenho minhas respostas. Eu só corto relações com quem é mau comigo. E tenho esse direito. Só não tenho direito de cobrar dos outros a atenção deles. Eu faço isso acho.
“Não sufoque ninguém com suas angústias e pare de se sentir a vítima. Não faça chantagens, não guarde o erro do outro para ser usado numa ocasião que vai favorecer você. Não negocie sentimentos. Cobre menos. No fim, o que todo mundo quer é não ficar sozinho. Então por que diabos aprendem primeiro a sabotar tudo em volta? Ache a resposta e faça valer a classificação de adulto da qual você e eu precisamos fazer parte.”
Concordo.


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